A greve geral do dia 28 de abril entrou para a história do país

Em todos os estados a adesão de diversas classes à luta contra as reformas trabalhista e da Previdência foi esmagadora. De acordo com as centrais sindicais, que organizaram a greve geral do dia 28 de abril, cerca de 40 milhões de pessoas foram às ruas protestar contra as propostas impostar pelo governo golpista que tomou de assalto o poder no país.

As medidas são parte do pacote de medidas do presidente ilegítimo Michel Temer e da cúpula de altos capitalistas e políticos despreocupados com o povo, que buscam retirar direitos da classe trabalhadora e afetam, especialmente, as mulheres e as novas gerações de brasileiros.

Nas Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia não foi diferente. Os Técnicos-Administrativos em Educação aderiram, por unanimidade, à greve geral. Assembleias realizadas em todas as Universidades da base da ASSUFBA- Sindicato confirmaram que a categoria dos TAE não está satisfeita com as propostas do governo.

 

Confira como foi a greve geral em cada região e Universidade:

UFRB

Campus de Cruz das Almas

Os servidores compuseram a frente única para combater a retirada de direitos dos trabalhadores. Foram várias ações conjuntas que tiveram início com o fechamento dos setores administrativos da UFRB, às 6h. Os trabalhadores terceirizados também aderiram à greve geral. De acordo com relatos, os salários dos prestadores de serviços estão atrasados há dois meses. Houve ainda um café simbólico em frente à Reitoria.

A categoria seguiu para um ato em frente à Prefeitura de Cruz das Almas, que contou com mais de 30 representações dos movimentos sociais, como a APUR – Associação dos Professores do Recôncavo da Bahia e a APLB (Delegacia de Cruz das Almas).

Foram denunciados os retrocessos que resultarão da PEC 287/16 (Reforma da Previdência) para a sociedade brasileira, caso seja aprovada. Após algumas falas, todos saíram em uma grande caminhada em defesa da Previdência e dos direitos dos trabalhadores.

 

Campus de Amargosa

Os movimentos sociais juntamente com os sindicatos ASSUFBA, APLB, SINDILIMP, STR, APUR, COOAMA e SINTRACAM iniciaram a movimentação na Praça da Feira e seguiram pelas ruas dialogando com a população, evidenciando os ataques que a classe trabalhadora tem sofrido com as medidas impostas pelo governo ilegítimo de Temer.

Campus de Feira de Santana

A categoria se reuniu com outras classes de trabalhadores em frente à Prefeitura. O comércio estava com grande parte das lojas e bancos fechada e, com a adesão dos rodoviários à greve geral, os ônibus não saíram das garagens. O protesto seguiu pelas ruas da cidade.

Campus de Santo Antônio de Jesus

Técnicos-Administrativos, docentes, trabalhadores do Comércio e do IFBA, professores de escolas públicas e particulares, estudantes secundaristas e universitários, servidores municipais e diversos outros seguimentos da classe trabalhadora, de forma organizada, reuniram cerca de mil pessoas e iniciaram as atividades de protesto na Praça da Biblioteca, seguindo em passeata até a Praça Central. Percorreram as ruas e constataram que o comércio da cidade estava parcialmente fechado, as poucas lojas que estavam abertas baixaram as portas, em respeito ao dia de luta. A passeata transcorreu pacificamente.

 

UFSB

Campus de Porto Seguro

A organização local em Porto Seguro ficou a cargo de diversas categorias e movimentos sociais. A UFSB estava representada com Técnicos-Administrativos, estudantes e docentes. Houve também a adesão do setor de transporte coletivo (ônibus circular), transporte alternativo, bancários, profissionais da saúde, entre outros.

A concentração ocorreu a 100m do trevo da rodoviária, em direção a Eunápolis, às 8h, com interdição da BR 367. Também houve interdição da mesma BR na Orla Norte perto do Outeiro da Glória.

Às 10h, houve encontro das duas manifestações no ponto próximo ao trevo da rodoviária, com passeata em direção ao centro comercial da cidade. Em todo o período das manifestações houve discursos sobre a retirada de direitos dos trabalhadores com as reformas trabalhista e Previdenciária, que tramitam no Congresso Nacional, e com a lei da terceirização, já em vigor.

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Campus de Itabuna

Estiveram presentes no ato os Técnicos-Administrativos da UFSB, estudantes e docentes da Universidade, além do Sindicato dos Bancários, servidores do INSS, Defensoria Pública, Ministério Público da União, Policiais Civis, Professores do Município e outras categorias. Em Itabuna, a concentração foi no Jardim do Ó, a partir das 9h. Já em Ilhéus, os manifestantes se concentraram às 8h, na praça Cairú.

Logo no início da manhã, os trabalhadores bloquearam uma das principais ruas do Centro de Ilhéus e seguiram para a rua Marquês de Paranaguá, onde está localizada a maioria das lojas.

Os trabalhadores em greve foram de porta em porta das lojas abertas e com palavras de ordens pressionaram o fechamento dos estabelecimentos. Em uma das lojas, já na rua Jorge Amado, o proprietário sacou uma arma ameaçando os manifestantes, mas a polícia, que acompanhava a manifestação, cercou o estabelecimento, depois o proprietário saiu escoltado pela polícia, que o conduziu para longe dos manifestantes e o liberou. Em outra rua, houve nova ameaça aos manifestantes com arma de fogo, desta vez por parte de um policial que fazia segurança de uma ótica. Ele sacou a arma e ameaçou os trabalhadores. Após um tempo uma viatura chegou ao local de forma brusca, quase acertando alguns manifestantes, e conduziram o policial para a delegacia.

Em outro local houve um disparo de um policial que acertou a perna de um rapaz. Após o repúdio aos atos criminosos e abusivos dos que eram contra a Greve Geral, os manifestantes gritaram palavras de ordem e encerraram o manifesto ao meio dia.

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Ilhéus

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Teixeira de Freitas

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UFOB

Na Universidade Federal do Oeste da Bahia não foi diferente. As mobilizações aconteceram de forma pacífica, com o apoio de servidores de diversas categorias. Nos polos de Barreiras, Barra, Luis Eduardo Magalhães, Bom Jesus da Lapa e Santa Maria da Vitória, houve a presença massiva dos Técnico-administrativo em Educação.

UFBA

Instituto Multidisciplinar em Saúde – Campus Anísio Teixeira (IMS – CAT)

Vitória da Conquista

A concentração ocorreu na Praça Barão do Rio Branco. A mobilização reuniu cerca de 5 mil pessoas e teve a participação de 40 Técnico-Administrativos em Educação, que, com muita organização e determinação, protestaram contra as perdas de direitos impostas pelo governo Temer.

A mobilização contou com a presença de diversas outras entidades, movimentos sindicais e a Igreja Católica. Os manifestantes, de forma ordeira e tranqüila, saíram pelas ruas de Vitória da Conquista e pararam a BR.

Campi de Salvador

A concentração pela manhã foi na região do Iguatemi, onde desde as 6h trabalhadores de diversas categorias se uniram para bloquear as vias de trânsito da área. Um carro de som estava disponível e mobilizava o grande grupo de militantes, organizando os deslocamentos para fechamentos das vias e incentivando a todos com palavras de ordem.

O Shopping da Bahia também teve a entrada principal bloqueada pelos manifestantes, que abordavam todos os clientes que pretendiam acessar o estabelecimento, informando-os sobre os motivos da greve geral e sobre como eles estariam ajudando o movimento de luta pelos direitos da classe trabalhadora, caso, em respeito ao movimento nacional, decidissem não usar os serviços do shopping naquele dia. Muitas pessoas entendiam a importância da luta e retornavam para suas casas.

À tarde, a concentração foi no Campo Grande e reuniu uma multidão de pessoas preocupadas com o futuro do país. Os trabalhadores unidos fizeram uma grande passeata até a Praça Castro Alves, onde o ato teve seu encerramento com diversas falas de lideranças sindicais e de movimentos sociais.

À noite, ainda houve fôlego para nova onda de manifestações no Rio Vermelho, em uma demonstração da força e do vigor dos trabalhadores insatisfeitos com as reformas trabalhista e previdenciária que o governo Temer quer, a todo custo, aprovar no Congresso Nacional, impondo um amplo e absurdo retrocesso para a classe Trabalhadora do Brasil.