Alice Portugal reforça apoio às universidades federais

Na manhã desta quarta-feira (07/03), a Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais se reuniu com entidades do setor e membros da sociedade civil para discutir resoluções necessárias para frear os constantes ataques do governo Temer às Universidades Federais no Brasil. Presente na reunião, a deputada Alice Portugal (PCdoB/BA) destacou a necessidade de buscar explicações do MEC, pois todos os dias há uma ameaça à natureza pública da educação.

“É necessário sabermos o que será do Ministério da Educação nos próximos dias. Não é possível que continuemos sabendo de mudanças em programas importantes pela imprensa, como ocorreu com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que está sendo desmontado, deixando professores e alunos sem a prorrogação das bolsas. Para isso, foi criada uma residência pedagógica, sem qualquer parâmetro, desconsiderando que estamos sob uma égide de um congelamento de gastos por 20 anos para investimentos públicos na educação”, disse Alice, propondo que a Frente Parlamentar busque agendar, o mais breve possível, audiência com o ministro da Educação para tratar dessas questões que atacam à educação brasileira.

As representantes da UNE, Marianna Dias (presidenta) e Bruna Brelza, ressaltaram que esses ataques comprometem a pluralidade das Universidades, que foi conquistada nos últimos anos. “Após muita luta, a Universidade Pública tornou-se de fato um lugar do povo brasileiro, que ganhou o direito de ocupar esse espaço. Nossa preocupação é manter esse processo”, afirmou Bruna. Marianna explicou que nesse intuito estão trabalhando no projeto “UNE Volante: uma universidade chamada Brasil”, que tem como principal objetivo, a criação de comitês locais de defesa das Universidade Federais.

O secretário geral da Associação Nacional Dos Dirigentes Das Instituições Federais De Ensino Superior (Andifes), Gustavo Balduíno, mostrou que a preocupação vai além do corte no orçamento. Segundo ele, com a Emenda Constitucional número 95, que limita por 20 anos os gastos públicos, a destinação de mais recursos para as Universidades Federais significaria déficit para outro setor. “Significaria vitória para nós e derrota para outro setor. Por isso, a preocupação maior é com a forma como o orçamento público está sendo administrado”, explicou.

Dentre as ações aprovadas na reunião, estão a luta pela garantia da autonomia universitária e pelo resgate ao orçamento da educação que foi cortado. A garantia da democracia na escolha dos reitores também foi colocada na pauta da reunião como prioridade. “Temos muitas preocupações, uma delas é relutância do MEC em nomear os reitores mais bem votados dentro das comunidades universitárias”, explicou a deputada Margarida Salomão, presidenta da Frente.

Confira a íntegra do discurso de Alice na reunião: https://www.youtube.com/watch?v=tQPCgSj7dA8&feature=youtu.be

Fonte: Ascom da deputada federal Alice Portugal