Ameaça: Banco Mundial recomenda Brasil limitar salário de servidor e reduzir contratações

As ameaças ao funcionalismo público não param. O estudo divulgado nesta quarta-feira (09/10) pelo Banco Mundial, instituição financeira internacional que concede empréstimos a países em desenvolvimento, recomenda que o Brasil promova uma reforma administrativa do serviço público.

Segundo o relatório, se não houver uma reforma, o crescimento real estipulado para a folha de pagamento de servidores ativos para o período de 2018 a 2030 é de 1,12% ao ano.

Entre o período de 2008 e 2018, a folha de pagamentos de servidores ativos do governo federal teve um crescimento médio de 2,5% ao ano, passando de R$ 105,4 bilhões para R$ 132,7 bilhões.

Uma das soluções para o Banco Mundial é reduzir o salário de entrada no serviço público. Segundo a instituição, se reduzir todos os salários iniciais para R$ 5,000 e ir aumentando com o tempo necessário até o final da carreira, a economia acumulada até 2030 de R$ 104 bilhões.

Possível reforma

O secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, participou da abertura do seminário para debater o estudo do Banco Mundial e afirmou que deve concluir ainda este mês uma proposta de reforma do serviço público.

Sem muitos detalhes, Uebel ainda adiantou que a reforma valerá para novos servidores públicos, com manutenção de direitos para os atuais, e que a proposta será apresentada ao presidente, Jair Bolsonaro (PSL), e a Paulo Guedes, ministro da Economia, antes de ser divulgada. 

 

Foto: Agência Brasil