Após polêmicas com o currículo, indicado pelo governo para o MEC tem posse adiada

O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva, nomeado na última quinta-feira (25/06), está envolvido em uma série de acusações de plágios e fraude na sua vida acadêmica. Em novo episódio, a Universidade de Wüppertal, na Alemanha desmentiu que ele teria feito dois anos de pós-doutorado na instituição. Com a repercussão, o governo decidiu adiar a posse do cargo.

A primeira acusação foi sobre os indícios de plágios na sua dissertação mestrado, onde ele utilizou textos de outros autores sem dar a devida referência ou citação.

Logo depois saíram notícias sobre seu doutorado na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, título que acabou questionado pelo próprio reitor da instituição, Franco Bartolacci. De acordo com o reitor, essa tese de doutorado teria sido reprovada.

O MEC tentou apresentar um certificado em que mostra que Decotelli cursou a carga horária total de disciplinas necessárias para o doutorado na Argentina, mas o documento não comprova a defesa e a aprovação da tese, etapa que é obrigatória para a obtenção do título de doutor. 

Nesta segunda-feira (29/06), Decotelli foi desmentido pela Universidade de Wüppertal, na Alemanha, depois de divulgar que teria feito estudos de dois anos de pós-doutorado na instituição alemã. A Universidade esclareceu ao Jornal Globo que o ministro conduziu pesquisas na universidade por um período de três meses em 2016, mas sem concluir qualquer programa de pós-doutoramento.

 

Foto: Marcos Corrêa/PR