Assembleia dos técnico-administrativos da UFBA na reitoria dá inicio a greve

15/06/2012- Quase 600 servidores da UFBA ocuparam o Salão Nobre da reitoria da universidade, na manhã desta sexta para realizar a primeira assembleia após a deflagração de greve da categoria, no último dia 11. Na pauta da assembleia, a vitória da Hora Extra Incorporada, processo ganho em Brasília que vai atender a 1180 servidores e o inicio da greve que vai acompanhar o movimento nacional da categoria por melhores salários e condições dignas de trabalho.

“Estamos aqui neste auditório da universidade para dar inicio a mais uma luta e comemorar uma conquista nossa, o retorno da Hora Extra Incorporada corrigida aos nossos contracheques”, afirmou Nadja Rabello, coordenadora geral da Assufba Sindicato.

O advogado da categoria, Dr. Ivan Brandi, informou sobre o processo. “A Segunda Turma do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), da 1ª Região, em Brasília, no dia 28 de maio, deu provimento por unanimidade de votos, ao nosso recurso de agravo de instrumento, com a correção e o reajuste da Hora Extra Incorporada (HEI).

Foto: Américo Barros

A deputada federal pelo PC do B e também servidora licenciada da UFBA, Alice Portugal comemorou a vitória na assembleia com a categoria. “A unidade na luta sempre dá resultado porque nos fortalecemos. Essa vitória comprovou isso.

O coordenador Jurídico da ASSUFBA e coordenador na Fasubra Sindical, Paulo César Vaz informou que 31 instituições federais de ensino já estão paradas no país. “Foi feita uma carta aberta ao Governo Federal, ao Congresso e à sociedade esclarecendo o porquê da nossa greve. Também foi solicitado ao Ministério da Educação, a reabertura da negociação com o governo, já que já foram realizadas 57 reuniões sem que houvesse apresentação de qualquer proposta para a nossa categoria . Vamos fazer um enfrentamento, uma greve mais radical para mostrar a força do nosso movimento ao governo. Queremos negociar e esperamos uma proposta, o que não podemos é continuar sendo o pior salário do serviço público federal”.

Foto: Américo Barros

“Não vamos aceitar também que o governo realize aumento diferenciado entre ativos e aposentados”, afirmou o servidor da UFBA, Renato Jorge Pinto, que expôs também sua preocupação com a MP 568/12 que ataca a classe médica nos seus vencimentos e nas questões de insalubridade e periculosidade.

Durante a assembleia, a categoria foi informada também sobre como atender a população nas unidades hospitalares durante a greve. “Realizamos reuniões nas unidades durante a semana para deliberar sobre o parâmetro a ser adotado durante o movimento que é a do percentual de redução de 50% dos serviços, respeitado o direito à greve nos serviços essenciais. A categoria deve, principalmente, manter a continuidade de sua atividade”, afirma Cássia Virginia Maciel, coordenadora de Comunicação da ASSUFBA Sindicato.

Foto: Américo Barros

A servidora do COM – Hupes, Aline Soares expos como está à movimentação nos hospitais universitários, para a greve. “Estamos debatendo como vai ser o funcionamento durante a greve, em decorrência das peculiaridades dos hospitais, que estão inseridos na prestação de serviços essenciais e a adesão está forte como esperamos. A categoria mostra disposição para lutar”.”.

15/06/2012
Ascom ASSUFBA Sindicato