Assufba destaca importância de mobilização contra a reforma da Previdência em seminário

 

O governo Temer faz um discurso falacioso de rombo para justificar a reforma da Previdência Social. Mas, no que depender da resistência dos trabalhadores, a proposta não passará. Para aumentar o nível de conscientização e a capacidade de mobilização, a Assufba, em parceria com outras entidades, organizou o Seminário Estadual “Não é reforma. É o fim da Previdência”, que acontece nesta sexta-feira (17/03), no Othon Palace, Salvador.

O coordenador geral do Sindicato, Renato Jorge, lembrou à platéia do seminário que o governo tenta vender um terror para a sociedade, de que a Previdência está falida, deficitária. Uma inverdade. Na verdade, o objetivo é beneficiar o mercado e abrir caminho para a privatização.

Para Renato Jorge, as mudanças propostas têm um impacto forte no serviço público.  “No caso da UFBA, 30% da inteligência acadêmica, que recebem hoje abono de permanência, estão saindo da Universidade. É assustador porque é nas universidades que se faz pesquisa de ponta. São os quadros mais preparados, que passaram a sua vida se dedicando ao trabalho, em especial, nos hospitais universitários, no tratamento de doenças, que não são acolhidas pelo mercado”.

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Entre as mudanças da reforma, está o fim da integralidade (remuneração equivalente a de quando ocupava cargo efetivo) e paridade (mesmos reajustes dos trabalhadores na ativa) para os servidores públicos que ingressarem na carreira após promulgação da PEC 287 e para aquele servidor que tiver menos de 50 anos (homem) e 45 (mulher).

“É uma reforma dura que requer de nós, servidores públicos e trabalhadores em geral, a unidade no sentido de construímos mais ações”, pontua Renato Jorge. Durante o evento, organizado pela Assufba, APLB, Sindsefaz, Sindimed, APLB-Sindicato e Sindsaúde, foi lançada a cartilha “Não é reforma. É o fim da Previdência”, produzida pela Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital).

A reforma

Enviada ao Congresso Nacional em dezembro de 2016, a PEC 287 amplia a idade mínima para 65 anos para que homens e mulheres possam sem aposentar. Para requerer o benefício integral, são necessários 49 anos de contribuição. Trocando em miúdos, o tão sonhado descanso após anos de trabalho e dedicação é inviável.

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