ASSUFBA marca presença em ato em defesa da Previdência Social

A Reforma da Previdência do presidente Jair Bolsonaro deve ser enviada para o Congresso hoje. A classe trabalhadora organizada em todo o Brasil esteve em atos contra este projeto de ataque nesta quarta-feira (20/02). Em São Paulo acontece a Plenária Nacional com as  Centrais Sindicais na Praça da Sé. Em Salvador não podia ser diferente e a ASSUFBA Sindicato esteve presente nas ruas do Comércio em frente ao Prédio da Previdência Social.

A palavra de ordem das categorias no processo de luta é resistência.  Os trabalhadores e trabalhadoras presentes fizeram falas contra os desmandos e os desmontes do governo ultraliberal e conservador de Jair Bolsonaro, mas principalmente pela agenda unificada em defesa da Previdência Social.  

No texto vazado pela imprensa com a Reforma da Previdência, os ataques se configuram no fim da aposentadoria por tempo de contribuição, o aumento da idade mínima – o trabalhador terá que ter idade mínima 65 anos – os rurais e professores do ensino básico e fundamental a idade mínima será de 62 anos, já o tempo mínimo de contribuição será elevado para 20 anos para o INSS e 25 anos para servidores públicos.

Maria Dolores de Brito, Coordenadora de Aposentados da ASSUFBA, apontou questões importantes sobre importância de estar na linha de frente da luta contra a Reforma. Segundo a sindicalista os trabalhadores estão sofrendo muitos descasos e perdas importantes das conquistas alcançadas ao longo dos anos.

“O governo federal quer implementar uma Reforma da Previdência que não contempla o trabalhador, que quer penalizar o trabalhador da iniciativa privada e do serviço público. Além disso quer mexer com as aposentadorias especiais dos aposentados que não têm nenhuma culpa por não ter capacidade laboral por motivos de saúde”, declarou.

Lucimara da Cruz fez um breve panorama da situação do país e dos prejuízos dos trabalhadores na atual conjuntura nacional e internacional. “Eu acredito que nesse momento nunca foi tão atual a necessidade de afirmar o internacionalismo do proletariado porque todas as medidas de retirada dos direitos dos trabalhadores no Brasil estão ligadas a retirada dos direitos dos trabalhadores no mundo”, disse a Coordenadora de Políticas Sociais e Anti-racistas.

A sindicalista ainda lembrou que o Brasil já teve uma imagem catalisadora de uma grande reação da periferia do mundo ao grande capital, mas isso se perdeu “Nós que éramos articuladores da resistência Sul-Sul construindo o Mercosul e outras possibilidades entre a América Latina, África e os países do Caribe, nos tornamos lacaios do governo americano. Isso é muito triste. Não aceitamos”.

Eliete Gonçalves falou do medo entre os trabalhadores dos Hospitais Universitários sobre a Reforma da Previdência em todo o país. “As conversas nos corredores do Hospital Universitário ocorrem  em tom de preocupação constante. Vemos o medo de perder seus direitos, medo de aumentar o tempo de trabalho quando não tiverem mais condição de exercer suas atividades laborais e ter que ficar mais tempo que o atual. É o que está sendo previsto. A Reforma da Previdência é nociva, para o conjunto da classe trabalhadora, principalmente para os da área de saúde”, finalizou.