ASSUFBA realiza debate sobre assédio moral nas universidades, no dia 19 de setembro

Violência psicológica contra o trabalhador, piadas, chacotas, comentários ofensivos e humilhantes, gritos e agressões verbais, que geram constrangimento individual ou coletivo estão entre as atitudes que configuram o assédio moral. É preciso falar sobre essa prática, que está presente na maioria dos ambientes de trabalho. Por isso, a ASSUFBA realiza um importante debate sobre o assunto, no dia 19 de setembro, às 9h30, no auditório do Sindicato.

Com o tema Precisamos falar sobre assédio moral nas universidades, o debate conta com a palestra da professora Salete Maria da Silva. Ela é Mestre em Direito pela UFC (Universidade Federal do Ceará) e Doutora em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismos pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas pela UFBA (Universidade Federal da Bahia).

Responsável por grande parte das doenças adquiridas no ambiente laboral, o assédio moral é uma conduta abusiva praticada de forma sistemática ou repentina, cujo objetivo é prejudicar o outro. No serviço público não é diferente.  Não são raros os casos de chefes assediadores, que, por conta do tratamento dispensado ao servidor, podem destruir carreiras e levar o assediado a alto grau de estresse.  Além das relações hierárquicas, existem casos em que os colegas assediam os pares em disputas por promoções, cargos comissionados e espaços de chefia.

O setor público é um dos ambientes de trabalho onde tal situação se apresenta de forma mais marcante. Como o chefe não dispõe sobre o vínculo funcional, não podendo demitir o servidor, muitas vezes passa a persegui-lo, humilhá-lo e sobrecarregá-lo com tarefas abaixo de sua qualificação.

Pensando nisso, a ASSUFBA realizará uma campanha de combate e prevenção ao assédio moral nas universidades. O intuito é transformar o ambiente universitário em um espaço onde prevaleça o respeito.

Os dados confiram quão importante é combater a prática. Segundo estudo da ONU (Organização das Nações Unidas), até 2020, os casos de assédio levarão 40% dos trabalhadores à aposentadoria precoce. Ainda de acordo com a pesquisa, 20% dessas pessoas poderão tentar suicídio.

O problema se aprofunda quando se faz o recorte para o assédio cometido contra as mulheres, que também sofrem com o assédio sexual. No país, 42% das brasileiras foram atingidas por casos de assédio sexual e 15% desses casos ocorreram no ambiente de trabalho. Os dados são do Instituto Datafolha.