ASSUFBA Sindicato participa ativamente do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão UFBA 2018

No dia 16 de outubro de 2018, a Universidade Federal da Bahia ocupou o Teatro Castro Alves, o mais importante espaço de espetáculos do Estado. Realizava-se ali a abertura do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão UFBA 2018. O tema não poderia ser outro visto o momento de ataque à democracia e às universidades públicas: E agora Brasil? A universidade e os desafios destes novos tempos.

A mesa de abertura foi composta por membros das entidades representativas da Universidade (ASSUFBA, APUB e DCE), além do reitor e vice-reitor, João Carlos Salles e Paulo Miguez, respectivamente. A Coordenadora de Polítivas Sociais e Anti-racistas do Sindicato, Lucimara da  Cruz, reverberou sua voz de mulher negra e dirigente da categoria do Técnicos Administrativos em Educação defendendo o direito de existir e ocupar espaços do conhecimento de negros e negras.

Lucimara clamou por uma universidade pública, gratuita, inclusive e de qualidade, firmou o entendimento da ASSUFBA Sindicato em defesa da unidade dos setores da Universidade na luta contra o fascismo, arrancando aplausos calorosos da plateia que lotava o TCA.  Ao fim, clamou por uma Universidade Federal da Bahia Viva.

Participação dos servidores

A ASSUFBA esteve presente no Congresso da UFBA com mesas voltadas para a categoria dos Técnico-Administrativos em Educação. O coordenador-geral da entidade, Renato Jorge Pinto, ao lado dos Coordenadores de Comunicação do Sindicato, Antônio Bomfim Moreira e Francisco Vilares, estiveram à frente da mesa Cultura, relações e transformações no mundo do trabalho: impactos da implantação dos turnos contínuos na Universidade Federal da Bahia.

“A ASSUFBA Sindicato é uma entidade de luta”, começou Renato Jorge ao iniciar a palestra, em tom de roda de conversa, sobre o processo histórico de conquista dos Turnos Contínuos dos servidores na instituição, que ainda passa por um processo de ajuste de implementação nas unidades.

Francisco Villares, servidor há pouco mais de três anos, trouxe o olhar de quem está nos postos de trabalho da Universidade há menos tempo, mas ao lado de pessoas experientes na luta pelos Turnos Contínuos.  Ele ainda trouxe a reflexão a partir dos decretos que garantem aos servidores a jornada de 30 horas semanais, com ênfase no decreto de 1990, dispositivo fundamental para regulamentação dos Turnos Contínuos.

Antônio Bomfim Moreira mediou as dúvidas dos servidores presentes e, por fim, pediu que o professor Henrique Tomé da Costa Mata, diretor da Faculdade de Economia e entusiasta do movimento dos TAEs, comentasse sobre a importância dos servidores no funcionamento da unidade. “Em cada local você lida com forças de orientações e desorganização. Para conseguir ter sucesso na administração do instituto que estou à frente, preciso ao meu lado corpo técnico”, disse. Finalizou afirmando que os técnicos devem estar lado a lado com a docência, participando dos cargos de chefia, além de fazer parte do conhecimento produzido pela Universidade.

A ASSUFBA ainda participou da mesa “Inclusão & Acessibilidade na UFBA: Um olhar técnico administrativo” com as presenças de Lucimara da Silva Cruz e Eliete Gonçalves da Silva, que destacaram a importância da presença do cidadão deficiente na contribuição da luta contra o preconceito e a exclusão. “A presença de uma pessoa com deficiência é uma provocação à reflexão, à mudança”, afirmou Lucimara.