ASSUFBA Sindicato se reúne com Superintendente do COM-Hupes, Dr. Lemos, e discute demandas dos Servidores

Na manhã desta terça-feira (16/03), a Coordenação da ASSUFBA Sindicato realizou uma reunião com o superintendente do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (COM-Hupes), Dr. Antônio Carlos Lemos, para tratar de problemas vividos pelos servidores Técnico-Administrativos em Educação dentro do Complexo.

O encontro contou com forte participação dos trabalhadores, que contribuíram para a realização de um importante debate com o superintendente. Estiveram presentes os coordenadores da ASSUFBA: Renato Jorge, Aida Maia, Lucimara Cruz, Giancarlo Damiani, Eliete Gonçalves, Mário Sergio, Zé Carlos e Lina Teles.

A reunião foi iniciada pelo Coordenador Geral do Sindicato, Renato Jorge, que agradeceu a presença dos servidores e do superintendente e apresentou a pauta: avaliação de servidores RJU pela EBSERH; exigência de assinatura de folha de ponto; escala de trabalho dos servidores RJU; ponto facultativo; abuso de autoridade/assédio moral por parte das chefias; o que ocorrer.

 

Ainda durante apresentação das demandas da categoria, o Coordenador da ASSUFBA alertou para o risco e inadequação das avaliações dos servidores, regidos pelo Regime Jurídico Único, no Hupes, serem feitas pelo modelo da EBSERH, já que sua forma de avaliação é definida por uma legislação específica.

Renato ressaltou as pressões sofridas pelos trabalhadores para cumprirem tarefas fora de suas atribuições: “Não podemos aceitar que sejam exigidos aos trabalhadores desvios de funções, já que o fazer de cada servidor está no PCCTAE e no RJU”.

O superintendente do COM-Hupes, Dr. Lemos, ressaltou a relevância de se realizar tal reunião, uma vez que para ele, “neste momento, a sociedade é devedora dos trabalhadores de saúde”. Entre as demandas apresentadas, o superintendente ponderou que se faz necessária uma reunião com a PRODEP, pois inicialmente haviam três servidores no setor de pessoal para tratar de questões relacionadas aos trabalhadores RJU e hoje há apenas um. Segundo ele, é impraticável que a Divisão de Gestão de Pessoas – EBSERH (DIVGP – EBSERH) se ocupe de avaliações com parâmetros diferenciados. Nesse sentido, os Coordenadores do Sindicato e trabalhadores presentes, assinalaram a necessidade de se resolver as questões junto ao Complexo, pois o corpo de trabalhadores do Hospital é composto por diversos vínculos, sendo de responsabilidade da gestão local, assim da DIVGP – EBSERH, conhecer e aplicar as normativas específicas.

 

 

A Coordenadora de Comunicação do Sindicato, Lucimara Cruz, apresentou sua insatisfação a respeito do atual cenário dos trabalhadores do COM-Hupes: “Não é compreensível que gestores da área de Saúde não entendam as especificidades do momento que atravessamos, trabalhadores em extrema tensão pela situação de pandemia e que ainda precisam lidar com essa incompreensão das chefias, com essa falta de respeito”. Ela pontuou que diversos setores do Hospital vem relatando casos de abusos de poder por parte das chefias, e lembrou que “precisamos enquadrar as situações dos trabalhadores às normas que os regem”.

 

 

O Coordenador de Saúde do Trabalhador, Giancarlo Damiani colocou em questão a discussão sobre a escala de trabalho dos servidores RJU, assunto da pauta levada ao superintendente durante a reunião desta terça-feira. Segundo ele, é necessário que as chefias também estejam alinhadas com as informações de como funciona a escala. “A gente precisa justamente limpar a área e orientar como funciona a carga horária e orientar as chefias para passarem as informações”, pontuou.

Ainda sobre a escala de trabalho, a servidora Deniz Menezes acrescentou pontos ao discurso de Giancarlo. “Há especificidades entre os servidores RJU e empregados CLT, estamos sendo cobrados como se fossemos EBSERH: escalas cheias e pontos facultativos cobrados dentro da carga horária”, disse.

A Coordenadora de Políticas Sociais e Anti-Racistas do Sindicato, Eliete Gonçalves, reforçou ao superintendente a situação do ambiente de trabalho no Hospital. “O ambiente não está saudável. Estamos no estresse da doença e do atendimento e ainda temos esse tipo de relação com a chefia. O índice de assédio moral entre as chefias e os colegas está alto”.

 

Por fim, o superintendente do Hospital reafirmou a importância da reunião para que os temas fossem apresentados e discutidos. Dr. Lemos reiterou que determinadas questões devem ser tradas com a PRODEP. Sobre as escalas e o ponto facultativo, afirmou que, por parte da superintendência não foi determinado corte de ponto nos últimos feriados definidos como ‘pontos facultativos’, solicitando que fossem remetidos a ele os casos ocorridos para a devida correção.

No decorrer da reunião foram feitas sugestões para solucionar as questões levantadas, entre elas estão:

1.O sindicato preparará um documento detalhando os problemas elencados e apresentará à superintendência;

2.Realização de reunião DIVGP-EBSERH e com a PRODEP;

3.Realização de reunião com as Chefias de Setores

4.Realização de reunião com trabalhadores do Laboratório;

5.Realização de discussão mais aprofundada sobre escala de trabalho.

6.Organização de Comissão Específica para a Avaliação de trabalhadores RJU

Após a explanação dos servidores e servidoras presentes, e das respostas do Dr. Lemos, o Coordenador da pasta Saúde do Trabalhador da ASSUFBA, Giancarlo, finalizou a reunião agradecendo a presença e forte participação da categoria e ao superintendente a abertura para o diálogo. Ele ressaltou que o objetivo é melhorar a situação dos trabalhadores servidores, não criar mais tensões. “Estabelecer esse diálogo é importante para não criarmos mais tensões em relação a nossas relações de trabalho”.