Ato na reitoria da UFBA mostra força da greve
19/07/12 – O 33º dia de greve dos servidores técnico-administrativos da UFBA foi marcado por um grande ato realizado na reitoria da universidade, na manhã desta quarta (18). Com carro de som, faixas, cartazes e muita irreverência, a mobilização dos servidores chamou a atenção da grande imprensa, que registrou a luta dos trabalhadores e a distribuição da carta aberta, em que a categoria esclarece para a sociedade os motivos da greve.
Os trabalhadores não se conformam com a falta de negociação por parte dos representantes governamentais e, como forma de protesto, expuseram por todas as paredes da reitoria cartazes com desenhos onde quiabos satirizavam o comportamento “escorregadio” do secretário de relações do trabalho do MPOG, Sérgio Mendonça.
De acordo com a coordenadora geral da ASSUFBA, Nadja Rabello, o movimento reivindicatório visa chamar a atenção da sociedade sobre o descaso com que o governo federal vem tratando a greve dos servidores. “O governo quer primeiro resolver a questão da greve dos docentes e depois resolver conosco. O que nós queremos é ser tratados de forma igualitária, uma vez que representamos a universidade e estamos com o mesmo propósito, que é a defesa da universidade de qualidade. O nosso objetivo, através dessas atividades, é dar visibilidade à greve e mostrar que continuamos fortes”.
Durante o ato, a categoria expôs para a população suas principais reivindicações e esclareceu algumas questões. “É dessa forma que conseguimos estabelecer um diálogo com a sociedade, que tem nos dado apoio. Estamos aqui em defesa dos hospitais universitários e aproveitamos para deixar claro que o hospital está com 50% de funcionamento. Os casos graves e os procedimentos que já estavam marcados estão sendo atendidos normalmente”, explicou a coordenadora de comunicação, Cássia Virgínia Maciel.
ASSÉDIO MORAL – Se durante a manhã os servidores tomaram conhecimento da situação da greve em níveis local e nacional, à tarde a coordenação promoveu um intenso debate sobre o assédio moral, problema amplamente tratado pela ASSUFBA, através da “Cartilha sobre Assédio Moral”que foi elaborada pela Gestão Sindicato é Pra Lutar.
A coordenadora Cássia Maciel fez uma breve apresentação da cartilha e iniciou as discussões. “O servidor mão deve se calar. Hoje existem mecanismos jurídicos que dão conta desse crime. Por isso, é importante que o trabalhador exposto ao assédio moral procure imediatamente a Assessoria Jurídica da Assufba”, ressaltou a dirigente.
Segundo a servidora em estágio probatório Diana Salles, lotada no Instituto de Biologia, a união no setor de trabalho e a busca de informações minimizou problemas enfrentados em sua unidade. “Uma servidora se ausentou para uma consulta médica e a chefia imediata a expôs a uma situação constrangedora, através de um e-mail enviado a todos os nossos colegas. A partir daí, conseguimos provas da superexposição, do assédio moral e, após muita luta, a situação está muito melhor. Fomos buscando informação para nos defender”, afirmou.
Ascom ASSUFBA Sindicato