Auditores formulam estratégia de proposição de emendas supressivas para Reforma da Previdência

A luta contra a reforma da previdência continua. A  Anfip (Associação dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil) e entidades estaduais estão formulando uma ação conjunta com o objetivo de propor emendas supressivas na votação do segundo turno da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, em agosto.

A Anfip se reuniu com representantes da Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio Grande do Sul (Fetapergs) para discutir propostas.

O assessor de Estudos Socioeconômicos da Anfip, Vilson Antônio Romero, informa que no início da próxima semana os pontos do regime geral da Previdência e dos servidores públicos estarão elencados para a consolidação das emendas que serão levadas a debate na Câmara dos Deputados, para o segundo turno de votação.

Segundo Romero, podem ser viáveis, em termo de convencimento de deputados, os pontos referentes as alíquotas de recolhimento, que podem chegar a 14% para trabalhadores do setor privado e 22% no caso de servidores. Ele ainda acrescenta que outro ponto cruel é que o trabalhador não terá condições de cumprir 40 anos de contribuição para fazer jus a 100% de uma média que começa desde quando começou a trabalhar.

A fórmula de cálculo sobre todo o período de contribuição e também a pensão por morte (que possibilita benefício inferior ao salário mínimo em até 60%) são outras questões que ele considera passíveis de sensibilizar parlamentares.

A estratégia para promover mudanças na PEC é importante. A própria oposição no Congresso afirma que uma vez aprovada na Câmara, indo ao Senado, as chances de mudança são muito pequenas.

“Se não houver uma mobilização muito forte dos movimento sociais, dos trabalhadores da iniciativa privada, dos servidores, das centrais sindicais, com esclarecimentos à população sobre os impactos da reforma, tudo isso vai impactar na economia”, afirma o assessor da Anfip.