Aula nas ruas. ASSUFBA integra manifestação e ensina ao governo como se faz a defesa da Educação

Esta quinta-feira (30/05) amanheceu chuvosa em Salvador, mas por volta das 8h o sol abriu para abrilhantar a manifestação em defesa da educação. Logo cedo, a Coordenação da ASSUFBA, categoria, APUB e DCE e demais entidades representativas estavam concentradas na Reitoria da UFBA, no Canela.

De lá já dava para sentir que a mobilização ia ser forte e grande. Da Reitoria, Técnico-Administrativos em Educação, professores e estudantes saíram em passeata pela rua João das Botas, no Canela, até a praça Campo Grande, onde encontraram uma multidão.

Os manifestantes seguiram pelas ruas do Centro em direção à praça Castro Alves. Durante o percurso, uma certeza: a unidade. Gente de diferentes profissões, idades e crenças se juntaram em defesa de uma área essencial para o país, a educação. Em um dos diversos gritos de guerra entoados isso ficou evidente. “Pisa ligeiro. Quem não pode com a formiga não assanha o formigueiro”.

E é isso mesmo. Ao cortar 30% das verbas destinadas às universidades e instituições federais, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não contava com a reação da sociedade. O valor total contingenciado é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.

Desde 2015, as verbas para a educação têm sofrido cortes bruscos. Os recursos globais da pasta tiveram crescimento médio de 10% de 2006 a 2014, durante os governos Lula e Dilma.

Durante o ato, o Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, lembrou que além dos servidores da UFBA, os trabalhadores da URFB, UFOB, UNILAB e UFSB realizam atos neste dia. “Nós, Técnico-Administrativos em Educação, estamos aqui em apoio à manifestação dos estudantes”.

Renato também conclamou os trabalhadores para a greve geral no dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência. Em Salvador, acontece ato às 6h, na Rótula do Abacaxi e às 14h, no Campo Grande.

O Coordenador de Comunicação do Sindicato, Antônio Bomfim Moreira, afirmou que “Bolsonaro futucou a onça com a vara curta. E o nome da onça é educação. E ela reagiu. São os trabalhadores da UFBA, junto com os estudantes, que são o sal da sociedade, botando gosto bom na cidadania brasileira, dialogando com a população no sentido de não permitir a morte do sistema federal de educação e ensino público no país  “.