Baianas marcham por mais direitos e democracia

Já passava das 16h, quando mulheres e homens dos quatros cantos de Salvador tomaram as ruas do Centro da cidade nesta terça-feira, 8 de março, em uma grande marcha em defesa da democracia e de mais direitos para as mulheres. Acompanhada por um trio elétrico, a caminhada saiu do Campo Grande e seguiu até a Praça Castro Alves, onde foi finalizada por um ato político com lideranças sociais e políticas.

A defesa da democracia e do mandato da presidenta Dilma Rousseff contra as tentativas de golpe em curso no país foi a principal bandeira levantada durante a marcha, que percorreu parte da Avenida Sete de Setembro, a principal rua de comércio de Salvador. Com faixas e bandeiras, a manifestação chamou à atenção de quem estava nas lojas e prédios comerciais da área.  A Assufba esteve presente no ato.

“Neste 8 de março, nós mulheres estamos nas ruas não apenas em defesa dos nossos direitos e contra qualquer tipo de opressão, mas também, por um ideal maior, que é a luta em defesa da democracia e contra qualquer tipo de golpe. A conquista de um Estado democrático de direito não foi fácil e sabemos que a direita golpista, que há 15 anos tenta retomar o poder, não aceitou mais uma derrota nas urnas e busca derrubar o governo a qualquer custo. Nós não vamos deixar “, garantiu a secretária de Mulher da CTB Bahia, Marilene Betros.

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A ampliação dos direitos femininos foi outro ponto de destaque nas falas das lideranças, que ressaltaram a importância de eleger mais mulheres para cargos do Executivo, Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas, para a Câmara de Deputados e o Senado Federal, a fim de ampliar a aprovação de leis que garantam mais direitos para as mulheres em todo o país.

“Precisamos aumentar a nossa participação nos espaços de poder para garantir mais políticas para as mulheres no Congresso Nacional e em todas as esferas da administração pública. Precisamos lutar também por empregos de qualidade, além de igualdade de oportunidades e salários no mercado de trabalho. Só assim, poderemos organizar atividades para comemorar de fato o 8 de março, que hoje é um espaço de protesto e cobrança de igualdade de direitos”, ressaltou a vice-presidente da CTB Bahia, Rosa de Souza.

A macha contou com mulheres e homens de diversos segmentos do movimento social e sindical, como metalúrgicas, bancárias, educadoras, trabalhadoras da saúde e da construção civil, do movimento de combate ao racismo, da luta por terra e moradia, parlamentares, dentre outros.

Fonte: CTB Bahia