Ciência e pesquisa correm perigo no Brasil. Governo Bolsonaro pretende fundir Capes e CNPq

O governo de Jair Bolsonaro (PSL) está analisando fundir a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pertencentes a diferentes pastas.

A Capes, que pertence ao MEC (Ministério da Educação), tem como função aprimorar a formação de profissionais do ensino superior, por meio de bolsas de pós-graduação, e na qualificação de professores de ensino básico, além de garantir a formação de professores por meio de intercâmbio.

Já o CNPq, ligado ao MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), investe na formação específica de pesquisadores, que contribuem para o desenvolvimento cientifico e tecnológico do país.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, declarou nas redes sociais ser contrário a essa junção, “existe algum sombreamento de atividades e pontos de melhoria na gestão. Esses problemas já estão sendo trabalhados no CNPq” publicou por meio da conta no Twitter.

 

Comunidade científica alerta os riscos

Uma carta criada por diversas entidades científicas foi encaminhada na última sexta-feira (11/10) para autoridades do Executivo e Legislativo, em Brasília. Na carta, eles declaram que: “A proposta de fusão do CNPq e Capes, se efetivada, poderá trazer consequências comprometedoras, tanto para o sistema de ensino brasileiro como para o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. Seria uma medida equivocada sob todos aspectos já que as duas instituições, criadas e desenvolvidas ao longo de mais de seis décadas, têm missões bastante claras e complementares, que funcionam como pilares do sistema educacional e científico do País”. Leia a carta na íntegra.

 

Com informações do Jornal da USP