CLG participa de Reunião com a reitora da UFBA

10/07/2012 – No final da manhã de hoje (10), o Comando Local de Greve da UFBA esteve na reitoria da universidade para participar de uma reunião com a Magnífica Reitora, Prof.ª Dora Leal Rosa. Com a presença representativa da categoria, o CLG tratou da greve na Bahia, que completou 25 dias. Participaram também os Pró-reitores da PRODEP, PROAD, PROGRAD, PROPLAN e o Vice- reitor da UFBA, Prof. Luiz Rogério Bastos Leal.

Foto: Américo Barros

Para a reitora, o documento enviado às Coordenações de Recursos Humanos dos órgãos do Serviço Público Federal que orienta o corte de ponto de grevistas é um desrespeito flagrante à Autonomia Universitária. “Não cumprirei. É uma questão de respeito à nossa instituição, à qualidade do trabalho que aqui é desenvolvido” afirmou Dora Leal.

O coordenador de Formação Sindical da ASSUFBA, Antônio Bonfim Moreira, destacou a reunião como um momento histórico de avanço na democratização das relações internas. “O Art° 207 da Constituição Federal lhes garante um comportamento dessa envergadura, porque esse é um golpe na autonomia universitária. É positivo para a categoria participar de uma reunião como essa e ouvir da reitora da universidade que ela é contrária ao corte de ponto”.

UFBA apresenta demandas ao CLG – A Administração Central da UFBA apresentou demandas ao CLG relativas ao pagamento de convênios e à continuidade de processos importantes para a Comunidade Universitária e que estão suspensos com a greve. O CLG reafirmou sua decisão de analisar as solicitações, tendo como diretriz a defesa da Universidade, aliada a estratégias de fortalecimento do movimento paredista.

Em resposta à solicitação da Reitoria, a coordenadora geral da ASSUFBA, Nadja Rabello, garantiu que o CLG irá deliberar sobre todas as solicitações enviadas. “Buscamos dar visibilidade à greve. Não só suspendemos as atividades, como temos estabelecido o diálogo com a sociedade e comunidade universitária”, afirmou a dirigente.

Pauta Local – Os membros do CLG também expressaram ao reitorado a necessidade da abertura de negociação da pauta local, com foco emergencial para a EBSERH e Turnos Contínuos. “Esse é um momento extremamente importante, porque precisamos avançar na discussão das reivindicações internas. É necessário que nosso CONSUNI se pronuncie em defesa do nosso movimento como foi feito com os estudantes. Essa postura fortalece nossa luta nacionalmente”, enfatiza a coordenadora de Comunicação da ASSUFBA, Cássia Virginia Maciel. Estágio Probatório – Durante a reunião, foi solicitado ao Pró-reitor de Desenvolvimento de Pessoas da UFBA, Eduardo Portela, um esclarecimento sobre o Comunicado nº 115 emitido pela PRODEP (http://www.assufba.org.br/noticias_2012/nota_greve.pdf), que trata da NOTA TÉCNICA n° 30/2012/CGNOR/DNOP/SEGEP/MP, em que o Ministério do Planejamento orienta sobre a prorrogação do período do estágio probatório em função de licenças e afastamentos do servidor.

De acordo com Eduardo Portela, a Nota Técnica não se refere ao afastamento do servidor no período da greve. Segundo ele, o documento veio como orientação do procedimento ser seguido nos casos de afastamentos longos no período do estágio probatório, que inclusive impediam a comissão de avaliação de ter subsídios para avaliar o servidor.

Conjuntura Nacional – O coordenador Jurídico da ASSUFBA e coordenador de Aposentados da Fasubra, Paulo César Vaz abordou o cenário nacional da greve, destacando as mais de 52 reuniões sem a apresentação de uma proposta por parte do MPOG. “O Governo acena com uma possibilidade para os docentes e nós técnico-administrativos ainda não temos nenhum cenário concreto para avaliação. Já passou da hora do MPOG dar efetividade a este diálogo”.

Mais uma vez, o CLG solicitou a intervenção da UFBA e da ANDIFES junto ao MEC e ao MPOG em favor da abertura de negociação efetiva.

10/07/2012
Ascom ASSUFBA Sindicato