Com desmatamento batendo recorde no país, Bolsonaro afirma que isso é cultural

Na saída do Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (20/11), Bolsonaro parou para conversar com alguns eleitores e ao ser perguntado se adotaria alguma medida para reduzir o desflorestamento, ele afirmou que não dá para acabar com as queimadas nem com o desmatamento, “pois é cultural”.

Segundo o sistema de monitoramento Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia), foram desmatados 9762 km², entre 2018 á julho de 2019. Um aumento de 29,5% em comparação com o ano anterior.

Bolsonaro ainda criticou a ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva. “Eu vi a Marina Silva criticando anteontem. No período dela, tivemos a maior quantidade de ilícitos na região amazônica” afirmou.

Mas o que o presidente não falou, é que o aumento percentual do desmatamento amazônico deste ano é o 3° maior da historia, os últimos do tipo só foram em 1995 e em 1998.

Ele também se esqueceu de falar que não é novidade a falta de compromisso do governo dele com o meio ambiente, vindo de próprias declarações suas, onde afirmou que o IBAMA tem muitas fiscalizações ambientais e que o país tem muitas unidades de conservação e terras indígenas.

 

Com informações do Folha de S.Paulo

Foto: Sergio LIMA / AFP