CONFASUBRA: Não há negociação quando a proposta é retirar direitos da classe trabalhadora

“O Confasubra edificou um espaço de debate e orientação para enfrentar essa agenda ultraliberal em curso e, assim, abrir caminhos que garantam a retomada de um projeto nacional que fortaleça as políticas públicas e garantam os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Serviço Público”, afirmou João Paulo Ribeiro (JP), secretário de Serviços Públicos e do Trabalhador Público da CTB e dirigente da FASUBRA, em entrevista ao Portal CTB, direto do 23º Confasufra, na cidade mineira de Poços de Caldas, ao fazer balanço dos debates realizados no evento, que começou dia 6 e vai até esta sexta (11).

O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, participou das atividades desta quarta (9) e destacou a importância do evento para a luta da categoria. “Além do processo eleitoral, momento importante do Congresso, o evento aproveita para refletir sobre a conjuntura e a base da CTB cumpre papel consequente neste processo”, destacou o dirigente.

Adilson rememorou a história de luta do movimento sindical e alertou sobre a complexidade do momento. “Hoje, o movimento sindical tem uma importante tarefa. Se lá atrás coube à classe trabalhadora lutar por uma cesta básica de direitos, a nós, hoje, cabe alinhar nossa luta por direitos à batalha política nacional. E umas das primeiras tarefas é mudar a correlação de força no Congresso, elegendo parlamentares comprometidos com os interesses da classe trabalhadora, tão atacada após o golpe de maio de 2016”, reiterou.

Defesa dos serviços públicos

Ao abordar a proposta do evento para este ano, João Paulo lembrou que “após 12 anos de avanços, com o desenvolvimento e avanço em diversos setores e ganhos reais para o nosso povo, um ciclo que teve fim com o golpe de 2016 que neste sábado completa 24 meses, o evento não só está estruturando a luta para o próximo período, ele também está alinhando sua base para a luta contra o desmente do Estado”, externou.

Ribeiro indicou como exemplo o desmonte do ensino superior público. “A toada é uma só: privatizar o setor. O projeto em curso enterra conquistas históricas e só atende aos interesses dos grandes conglomerados. Por isso que a proposta da CTB neste evento é a defesa do fortalecimento e autonomia do ensino superior público”.

E emendou: “Lutar e fortalecer o sindicato é essencial neste momento. Não há negociação quando a proposta é retirar direitos da classe trabalhadora”.

Texto e fotos de Joanne Mota, de Poços de Caldas (MG)