Conquista dos movimentos sociais negros, sistema de cotas está ameaçado

Graças à luta dos movimentos sociais negros algumas vitórias foram obtidas, é o caso da Lei de Cotas. Nas universidades federais do Brasil, o número de matrículas de estudantes negros e pardos ultrapassou, pela primeira vez, o de brancos. Em 2018, esse grupo representou 50,3% dos alunos. Isso ocorreu devido à implementação das cotas sócio-raciais no ingresso do ensino superior, uma das políticas de ações afirmativas conquistadas pela luta da população negra. Essa conquista hoje está ameaçada, já que o Poder Executivo e o presidente Jair Bolsonaro devem rever a Lei de Cotas (Lei 12.711) em 2022, quando completará 10 anos de vigência.

A permanência dos jovens negros e indígenas, pessoas com deficiência e da população de baixa renda nas Universidades encontra-se sob ataque, pois os cortes no financiamento das universidades atingiram, principalmente, os programas de subsídios que lhes davam garantias de subsistência durante o curso, e nesse momento pelo caos que opera no sistema do ENEM, principal porta de entrada desses estudantes.

Recentemente a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que regulamenta a aplicação de recursos de precatórios recebidos por Estados, Distrito Federal e municípios relativos a problemas em repasses da União para o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério, já extinto) e o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Essa é uma importante vitória que precisa ser valorizada. É preciso estar vigilante para que ela se efetive.

A Gestão Sindicato é pra Lutar acredita que a resposta para os problemas está nas nossas próprias mãos. O povo que conhece sua força toma seu futuro em suas próprias mãos. A nossa luta é decisiva para tirar Bolsonaro e sua horda do poder, para que o país retome o rumo do desenvolvimento com justiça social. Por isso, a ASSUFBA conclama a categoria a participar do ato no dia 20 de novembro, que será abraçado por outros movimentos sindicais e sociais. A luta da população negra é uma luta de todos.

#ForaBolsonaroRacista