Conselho Político da CTB aponta os caminhos da superação da crise com valorização do trabalho

Na última sexta-feira (8), a reunião do Conselho Político Ampliado da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), em São Paulo, teve palestra do professor Epitácio Brunet Paes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do economista Lécio Morais. Eles falaram sobre “A luta em defesa do Estado Democrático de Direito”.

A mesa foi composta pelos dois palestrantes, com os trabalhos sendo dirigidos pelo vice-presidente da CTB, Severino Almeida, que teve a companhia da secretária de Finanças Adjunta, Gilda Almeida, da diretora executiva Isis Tavares e do secretário de Finanças, Vilson Luiz da Silva.

O tema dos palestrantes foi “A luta em defesa do Estado Democrático de Direito”. Brunet traçou um perfil histórico das lutas da classe trabalhadora no continente e as repercussões dessas lutas na reação do capital. De acordo com ele, a crise brasileira é fruto da “mexida nas estruturas da acumulação do capital” que os governos Lula e Dilma fizeram. “No dia seguinte da última eleição presidencial já estavam pedindo impeachment”, acentua.

Ele defende que o movimento sindical amplie seu leque e ações. E pergunta “quais são as políticas públicas possíveis para melhorar a vida das pessoas? O que nós poderíamos fazer para não estarmos na situação atual?”. Para ele, é necessário “estar nas ruas o tempo todo”.

Lécio Morais aponta as causas da crise econômica. Segundo ele, a crise demorou a chegar ao Brasil e chegou porque é uma crise severa do capital mundial. As saídas apresentadas por ele estão na manutenção desse governo e na retomada do crescimento.

Ele conta ainda que é a primeira vez na história do Brasil que a crise chega e encontra o país com reservas suficientes para evitar a bancarrota.

De acordo com Morais é importante “manter as reservas internacionais, criar uma nova frente de financiamento com investimentos em infraestrutura e no setor produtivo”. Além disso, o economista defende uma reforma da Previdência em novos patamares, que permitam “aos trabalhadores e trabalhadoras mais pobres ter uma aposentadoria mais digna”.

Ao final, ocorreu um rico debate com ampla participação de dirigentes da central que mais cresce no Brasil.

Portal CTB