Contra arbitrariedades da gestão da MCO, ASSUFBA realiza paralisação parcial no dia 12/06

 

Na manhã do dia 12/06, os Técnico-administrativos em Educação da UFBA fizeram paralisação parcial, de 9h às 12h, na Maternidade Climério de Oliveira, por conta dos diversos problemas existentes na unidade, que vão da falta de condições de trabalho até posturas antidemocráticas, o que o Sindicato não aceita.

É importante lembrar aos gestores da Ebserh que expor os trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, com perseguições das chefias aos seus subordinados, tirar seus instrumentos de trabalho, promover a degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização/instituição são alguns dos exemplos que caracterizam o Assédio Moral.

A decisão da paralisação foi tomada durante assembleia, realizada no dia 1º de junho. Há um ano a ASSUFBA fez um ato e entregou à direção da MCO uma pauta solicitando melhorias nas condições de trabalho, dentre outros itens. De lá para cá, nada mudou. Muito pelo contrário. A situação só se agravou.

Faltam materiais de trabalho, estrutura, segurança. Em resumo, faltam investimentos efetivos para que a Assistência à Saúde seja realizada de forma adequada. O que compromete a sua qualidade. Os servidores protestaram ainda contra a gestão antidemocrática na Maternidade.

Desrespeito

Durante o ato, a Categoria e a Coordenação da ASSUFBA foram surpreendidas pela atitude desrespeitosa da Superintendente da MCO, Dra. Mônica Neri, que quis calar a voz dos trabalhadores. De forma arbitrária e imperativa, exigiu que os servidores se retirassem da unidade e desligassem o som, o que foi prontamente rechaçado pelos Coordenadores e trabalhadores(as), que se recusaram a acatar a decisão equivocada.

O Coordenador de Assuntos Jurídicos da ASSUFBA e membro da FASUBRA, Paulo Vaz, reafirmou o ataque aos Trabalhadores do RJU (Regime Jurídico Único), sobretudo após a chegada da Ebserh. “Não queremos ser massacrados. Por muitas vezes, fomos nós quem mantivemos a Maternidade aberta. Agora, faltam até materiais básicos para trabalharmos com qualidade. Um absurdo”.

Para a Coordenadora de Saúde do Trabalhador do Sindicato, Almira do Rosário, a Ebserh trabalha de forma mercantilista. Houve uma quebra da qualidade de Assistência e ampliação do ambiente de conflito e insegurança, o que coloca em risco a saúde da população e a educação dos novos profissionais que se formam na Universidade. Notamos um aumento considerável do adoecimento.

“Em 36 anos de Sindicato, nunca houve uma atitude parecida por parte da gestão. Não aceitaremos autoritarismo. Queremos respeito com a categoria porque fazemos uma luta histórica consciente e responsável. Não aceitamos a mudança do Conselho Deliberativo para Conselho Consultivo”, exclamou o diretor Antonio Valter da Silva, Coordenador de Administração e Finanças da ASSUFBA.

Opinião reforçada pelo Coordenador de Comunicação, Francisco Vilares. “Não vamos aceitar da gestão que os postos de trabalho desapareçam da noite para o dia. Não temos medo de enfrentar quem quer que seja para defender os nossos trabalhadores. Estamos aqui para avançar e não permitir retrocessos”.

Durante o ato, diversos trabalhadores fizeram o uso da palavra para demonstrar a sua indignação com os desmandos vivenciados na MCO. A representante da Seção Local da ASSUFBA, Radinei Santos, relatou que o Setor de Estatística passou por transformação e os servidores ficaram à mercê da própria sorte durante uma semana. Não houve comunicação prévia das mudanças. O que não aceitamos. “Foram retirados até os nossos instrumentos de trabalho”.

Diante da gravidade da situação, a ASSUFBA vai ampliar a mobilização e fazer novas ações de enfrentamento em defesa da Autonomia Universitária.