Desigualdade acentuada. Concentração de renda volta a crescer no Brasil

Levantamento divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que a desigualdade no Brasil aumentou. De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), o rendimento médio mensal por meio do trabalho de 1% mais rico do país foi de R$ 27.744. Já os 50% mais pobres tiveram rendimento médio de R$ 820, valor menor do que um salário mínimo.

Essa diferença entre os 1% mais rico e 50% dos mais pobres bateu recorde entre os anos de vigência da Pnad, que começou a ser divulgada pelo IBGE desde 2012.

O IBGE aponta que a explicação para essa desigualdade é porque o rendimento real da metade mais pobre caiu ou subiu bem menos do que o dos mais ricos, principalmente nos últimos anos.

Por região, o Sudeste concentra R$ 143,7 bilhões, quantidade equivalente à soma de todas as outras regiões do país. Sul com R$ 47,7 bilhões, Nordeste, R$ 46,1 bilhões, Centro-Oeste, R$ 24,4 bilhões e Norte, R$ 15,8 bilhões.

Um ponto que chama atenção é a queda no total de domicílios atendidos pelo programa Bolsa Família, que começou a diminuição desde o início da pesquisa, de 15,9% no total do país em 2012 para 13,7% no ano passado.