Dia do Minto: Com Bolsonaro na Presidência, Dia da Mentira é todo dia no Brasil

O Dia da Mentira para Jair Bolsonaro é todo dia. Levantamento realizado pela agência de checagem Aos Fatos revelou que o presidente deu 2.662 declarações falsas ou distorcidas durante 820 dias de mandato. A média de declarações falsas é de 3,2 por dia.

De acordo com a checagem, o mês de janeiro deste ano foi o período em que o presidente mais mentiu em seu governo: foram 218 declarações falsas, contra 205 proferidas em maio de 2020, que aparece em seguida.

A mentira mais contada por Bolsonaro durante esta pandemia é de que o Supremo Tribunal Federal (STF) impediu a Presidência da República de tomar medidas contra o coronavírus. Desde o dia 9 de abril do ano passado, o presidente repetiu esta afirmação 87 vezes.

Não é apenas sobre a pandemia da Covid-19 que o chefe do Executivo gosta de mentir. Ataques aos servidores públicos também são constantes por parte do governo federal. Como exemplo, um dos motivos pelo qual o Brasil não consegue pagar o auxílio emergencial, segundo o discurso do presidente, é porque o país possui muitos servidores e que a categoria ganha muito. Pura balela.

Em levantamento feito pela OCDE, de 30 países analisados, o Brasil ficou na 26° posição em relação ao tamanho do serviço público. O país possui apenas 12% da população ocupada trabalhando no funcionalismo, número menor do que o de países como Reino Unido (23,5%), África do Sul (17%) e Portugal (16%). Já em relação aos salários, os cargos do funcionalismo que possuem altas remunerações são de: juízes, deputados, Ministério Público e militares. Vale pontuar que estas categorias não foram incluídas na proposta de Reforma Administrativa do governo Bolsonaro.

Em relação à Reforma da Previdência, outra mentira contada pelo presidente é de que políticos, funcionários públicos e empregadas domésticas vão se aposentar com a mesma idade. Esta afirmação é falsa.

A idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para as mulheres, proposta na reforma, é alta na comparação com a média atual das aposentadorias por tempo de contribuição, que está em 54 anos.

A declaração mais recente feita pelo presidente Bolsonaro, nesta quarta-feira (31/03), a respeito dos óbitos causados pela Covid-19, o presidente foi contraditório. Ele disse: “Estamos preocupados com as mortes”. No entanto, desde o início do surto do novo coronavírus no país, Bolsonaro minimizou em diversas ocasiões os efeitos da doença. Em entrevistas e declarações públicas, ele relacionou a infecção a uma “gripezinha” e chegou a dizer, em discurso realizado no dia 18 de setembro do ano passado, que o isolamento social seria “conversinha mole” e que as medidas de restrição de circulação seriam para “os fracos”.