Em Dia de Luta, servidores da UFBA fazem paralisação e ato na porta da Reitoria

De braços cruzados contra a intransigência do governo, o congelamento salarial do funcionalismo público e os cortes na saúde e educação, que impactam também as universidades. A quinta-feira (07/06), Dia Nacional de Luta e Paralisações em defesa dos serviços públicos, foi de muita mobilização para os Técnico-Administrativos em Educação da UFBA, que fizeram ato na porta da Reitoria.

O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, chamou a atenção dos trabalhadores e da população sobre a difícil conjuntura nacional, em que o projeto neoliberal segue em ritmo acelerado, com desmonte do Estado e ataques aos direitos sociais e trabalhistas.

As universidades federais já sofrem os impactos das medidas capitaneadas pelo governo Temer. Com recursos reduzidos, as instituições de ensino, o que inclui também os hospitais universitários, têm o papel e o funcionamento prejudicados. Sem contar com a precarização do trabalho.

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A situação se agrava após o governo anunciar novos cortes para pagar o diesel mais barato para os caminhoneiros, que fizeram greve recentemente. A educação perderá R$ 55,1 milhões e o SUS (Sistema Único de Saúde), R$ 135 milhões. Isso sem falar nas políticas públicas para a juventude, repressão e prevenção ao tráfico de drogas e enfrentamento à violência contra as mulheres.

A Coordenadora da ASSUFBA, Adelmaria Ione, presente no ato, denunciou a situação da UNILAB, onde é lotada. O Campus dos Malês, localizado em São Francisco do Conde, está seriamente ameaçado.

A UNILAB tem sofrido contingenciamento orçamentário. Para se ter ideia, a Proposta Orçamentária para 2018 foi fechada reaplicando o orçamento de 2017, mesmo tendo crescido o número de estudantes.

Ione alerta para a necessidade de reação da população para evitar mais retrocessos. “Estou preocupada com a manutenção dos direitos conquistados. Precisamos reagir agora. Talvez o que nos espera no futuro pode não ser animador”.

Acessibilidade

A paralisação contou com a participação do membro do Conselho dos Direitos das Pessoas com Deficiência da UFRB, Edmundo Xavier. O servidor pontuou que é preciso discutir acessibilidade dentro da universidade de modo preventivo. “Não é uma benesse, é uma obrigação legal. É necessário ampliar o debate que temos na UFRB para outras universidades da Bahia, como a UFBA”.

O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, se colocou o Sindicato à disposição para ajudar no que for preciso e propôs a realização de ações que possam fortalecer o debate. O Coordenador de Formação Sindical da entidade, Valmiro dos Santos, também frisou que a ASSUFBA já tem inciativas neste sentido.

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