Em Dia Nacional de Paralisação, Assufba e Técnicos-Administrativos em Educação protestam contra retirada de direitos

 

A manhã desta quinta-feira (29/09) foi de intensa mobilização para a Assufba. Logo cedo, às 7h, os coordenadores do Sindicato se juntaram aos técnico-administrativos para protestar na porta do COM-Hupes contra a insegurança no local de trabalho.

Com apenas um vigilante, o Complexo Hospitalar Professor Edgard Santos está à mercê da violência.  Além de sequestros e arrombamentos de carros no estacionamento, há registros também de assaltos à mão armada dentro do ambulatório. Triste sina.

O coordenador geral da Assufba, Renato Jorge, lembrou que a situação já foi denunciada no Conselho Universitário da UFBA, no MEC (Ministério da Educação) e ao superintendente do Hupes, Dr. Antônio Carlos Moreira Lemos.

O reitor da Universidade Federal da Bahia, Prof. Dr. João Carlos Salles, já havia atribuído o problema ao corte orçamentário feito pelo governo golpista. A coordenadora do Sindicato e Conselheira Universitária, Almira do Rosário, explica que, depois da denúncia da Assufba, a UFBA se comprometeu a colocar mais dois seguranças no hospital, um paliativo, ainda não suficiente para superar as dificuldades crônicas da segurança interna.

A redução das verbas para as universidades tem causado prejuízos enormes à instituição. No Hupes, por exemplo, falta material e condições de trabalho de forma generalizada. Há relatos de que os trabalhadores(as) têm de levar água, papel higiênico e até lâmpadas de casa. Sem contar o elevador, que quebra constantemente, comprometendo o ensino, a pesquisa e a extensão.

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Após o ato no Hupes, que integrou o Dia Nacional de Paralisação, orientado pela FASUBRA na sua última Plenária Nacional, a categoria seguiu até a Reitoria da UFBA, onde foi servido um café e um mingau aos presentes, para dar continuidade às ações.

O coordenador da Assufba, Paulo Vaz, iniciou o ato na porta da Reitoria alertando aos trabalhadores e à população em geral sobre os ataques aos serviços públicos, previstos nas medidas anunciadas pelo “desgoverno” Temer, a exemplo da PEC 241/16, que deve ser votada nos dias 10 e 11 de outubro.

Caso esta Proposta de Emenda à Constituição seja aprovada, vale lembrar que a maioria do Congresso Nacional é ultraconservadora e golpista, o Acordo de Greve da categoria será desrespeitado/descumprido, ou seja, os servidores não receberão, em janeiro, o reajuste negociado na última greve. Um absurdo.

Também tramitam na Câmara Federal propostas danosas à soberania nacional, como o PLC 54/16, antigo PLP 257/16, o PLS 131/15, que altera o Regime de Partilha do Pré-Sal e, por consequência, acaba com os recursos destinados à saúde e educação públicas.

O coordenador de Formação Sindical, Antônio Bomfim, alertou que a categoria e o Sindicato têm feito o enfrentamento ao processo de destruição dos avanços construídos nos últimos 12 anos. “Exigimos respeito para homens e mulheres que ajudam a construir a Universidade cidadã para os trabalhadores”.

Como parte do ato, a coordenação da Assufba e a categoria presente levaram o protesto para a rua em frente à Reitoria. O objetivo foi chamar atenção também de quem passava pelo local para os riscos que correm os trabalhadores brasileiros diante da atual conjuntura política e econômica pós-golpe.

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