Em meio a uma crise sanitária com milhares de mortos e famílias na extrema pobreza, Bolsonaro gasta R$ 2 milhões em menos de um mês de férias

Enquanto o país beira a marca de 14,5 milhões de desempregados que clamam por um auxílio digno, Bolsonaro gasta R$ 2,3 milhões em apenas 18 dias de férias. As informações foram solicitadas pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e encaminhadas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

Durante os dias 18 de dezembro e 5 de janeiro, de acordo com o GSI,  Bolsonaro gastou cerca de R $975 mil com manutenção e combustível de transporte aéreo em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Além de R$202,5 mil com passagens aéreas e diárias a agentes públicos civis e militares, valor inserido no orçamento anual do gabinete do GSI.

Já os dados da Secretaria-Geral mostram que durante o período, o presidente gastou R$ 1,19 milhão em despesas com hospedagem de sua família, convidados e toda a equipe de profissionais, alimentação e bebida consumidas por todos, entretenimento (como veículos aquáticos, guias turísticos e outros serviços voltados ao lazer de todos que estavam na viagem) e despesa com locomoção terrestre ou aquática. 

A soma e a descrição dos gastos já é surreal por si só, mas o absurdo é muito maior quando o cenário é de uma pandemia que já matou 330 mil pessoas, de acordo com o com ministério da saúde, além de 14,5 milhões de desempregados e 27,2 milhões de famílias na extrema pobreza, segundo o IBGE.