Encontro Regional da FASUBRA Nordeste II reúne TAEs da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia em torno das demandas da categoria

O Auditório de Fonoaudiologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (PB) foi palco da abertura do Encontro Regional da FASUBRA Nordeste II, evento que acontecerá até a próxima quarta-feira (29) e discutirá pontos determinantes da luta dos técnico-administrativos em educação das IFES. A iniciativa somou 189 participantes dos estados de Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Paraíba. Na pauta do primeiro dia do evento, a análise de conjuntura, EBSERH, FUNPRESP e PLP 92/2007.

O Encontro Regional da FASUBRA Nordeste II é um espaço de formação política e elaboração e propostas. A experiência da Federação comprova que em eventos semelhantes ocorridos anteriormente as contribuições foram fundamentais na formulação de políticas e a expectativa agora é de que neste, que é o primeiro de sete outros encontros regionais que a FASUBRA pretende realizar em conjunto com as entidades de base, possa-se encontrar novos caminhos para envidar as ações da categoria.

Além do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba, Severino Ramos Mendonça de Santana e do vice-presidente, Rômulo Batista Xavier, integraram a mesa de abertura do Encontro representação da reitoria UFPB, Iedo Pontes de Andrade; e PC do B, Simão Almeida. Pelas centrais sindicais, participaram CUT estadual, com Paulo Marcelo; CTB com Angela Targino, e pela CSP-Conlutas, Antônio Radical. Pela FASUBRA estiveram à mesa os coordenadores-gerais Janine Teixeira Vieira; Paulo Henrique dos Santos e Gibran Jordão; Rosângela Costa, coordenadora de Educação e Ângela Targino, coordenadora das Estaduais e Municipais.

A Direção da FASUBRA agradeceu o esforço que as entidades da classe estão fazendo para realizar os encontros, destacou a importância das discussões para ampliar os debates e construir coletivamente propostas para a atuação de enfrentamento, ressaltou que é um momento de novas formulações, uma oportunidade de aprofundamento dos debates sobre as dificuldades da carreira – hoje representadas pelo enfrentamento à consolidação EBSERH, nulidade da Reforma da Previdência, PLP 92/2007 – e os projetos que estão na pauta política nacional e que significam perda de direitos para os trabalhadores.

Conjuntura

A parte de análise de conjuntura trouxe as perspectivas do Estado Brasileiro e sua relação com os trabalhadores do serviço público, as dificuldades das mesas de negociação, a urgente necessidade de intensificar as ações pela regulamentação da Convenção 151 que trata da Negociação Coletiva, de definição e novas táticas para enfrentamento às medidas do Governo Federal contra a retirada de direitos, ao modelo neoliberal – que ainda é forte e visa suprimir as garantias-, o duelo capitalismo x políticas sociais e privatização.

Também foram apresentadas avaliações da situação econômica mundial, com apresentação de dados sobre a crise econômica, seus reflexos no mundo do trabalho e ao ataque às massas de trabalhadores no planeta.

Os discursos incluíram, ainda, os avanços para o segmento dos trabalhadores nas últimas décadas alcançados pelos sindicatos, federações e confederações. Por outro lado, foram criticadas as alternativas encontradas pelo Brasil para superar questões de ordem financeira – principalmente utilizando o endividamento publico -, e que na maioria das vezes representa arroxo para os servidores públicos.

Atração cultural

O período vespertino da segunda-feira foi aberto com um grande presente do SINTESPB para os participantes do Encontro Regional. Foi a apresentação cultural da sanfoneira Joanita. Uma encantadora senhora de 69 anos, conhecida internacionalmente por levar a cultura nordestina para a Europa. Ela monopolizou as atenções e levantou os sindicalistas ao tocar o Hino Nacional, o Hino do Estado da Paraíba e o forró Paraíba Masculina que fez muitos dos credenciados ensaiarem os passos da tradicional dança nordestinos.

Mais debates

Dando continuidade à análise conjuntura, uma parte da tarde foi destinada às intervenções dos representantes dos sindicatos compreendidos na Região Nordeste II. Em resumo os posicionamentos abrangeram as investidas governamentais de privatização, a reforma da previdência e organização do Estado Brasileiro atual, organização da categoria, bandeiras de luta dos TAEs, tributos, impostos, desemprego, programas sociais, defesa da educação, Plano Nacional de Educação e Sistema Único de Saúde (SUS).

Encerrada avaliação de conjuntura, foi formada a mesa sobre EBSERH, FUNPRESP E PLP 92/2007, com a diretora do HU Alcides Carneiro de Campina Grande, Berenice Ramos; o vice-presidente do SINTESPB, Rômulo Xavier; o coordenador de Finanças da FASUBRA, Rolando Malásio; e representação das forças política da Federação.

Berenice Ramos falou sobre a “fábula” contada para a comunidade acadêmica e no seio dos TAEs para conquistar apoio para aprovar a EBSERH no HU de Campina Grande o que provocou a reação do alunado e dos trabalhadores contra a assinatura do Termo de Adesão, o que não correu até hoje. Ela relatou os problemas de gestão, fez defesa inconteste do SUS e de sua posição contrária a EBSERH que representa um grande ataque a saúde e ao ensino na área da saúde.

Após a gestora, o diretor da FASUBRA Rolando Malvásio palestrou sobre o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos, voltando a esclarecer que o FUNPRESP não oferece garantias ao trabalhador de que ele vá receber a aposentadoria complementar, mostrou as premissas básicas; informou sobre os critérios de aposentadoria e de contribuição por parte do trabalhador e da União e fez previsões sobre futuras reformas da Previdência Social.

Sobre o PLP 92/2007 o diretor da federação ressaltou o regime de urgência solicitado pelo Governo para fazer o Projeto passar no Congresso, apontou as áreas atuação e a situação em que ele voltou a tramitar no parlamento brasileiro. Após a apresentação, os outros integrantes da mesa, o diretor Paulo Vaz (Assuntos de Aposentadoria da FASUBRA), Aída Maia e Debanaria Borges (representando forças políticas) fizeram suas avaliações.