Entidades do funcionalismo público discutem construção de Greve Unificada ainda em janeiro pelo reajuste salarial de toda a categoria
Durante a reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) no final de dezembro, Bolsonaro anunciou que haverá reajuste salarial para as forças de segurança, deixando todo o corpo de Servidores Públicos Federais de fora desse reajuste. O Orçamento de 2022, prevê R$ 1,7 bi de reajuste apenas para a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional.
Os Servidores Públicos Federais, em especial os PCCTAEs, não têm reajuste salarial desde 2016, pelo contrário, houve apenas perdas salariais para essa categoria. Diante do anúncio do governo, o FONASEFE (Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais), que reúne 30 entidades, como funcionários da área de Saúde, Educação, Previdência e Assistência social se reuniu para debater a construção de uma Greve Geral Unificada dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público para o final de janeiro.
A FASUBRA Sindical sinalizou que no próximo dia 14 de janeiro, as categorias que compõem o Fórum vão se reunir para debater o calendário do movimento paredista por reajuste salarial e contra o desmonte do Estado. Será feita também a convocação de uma plenária nacional dos Servidores Públicos, no mesmo formato que as anteriores já realizadas pelo FONASEFE.
Algumas categorias como a da Receita Federal e o Banco Central saíram na frente e já se encontram mobilizadas, promovendo assembleias nos estados para aprovar a participação no movimento e com previsão de greve para o dia 18/01.
A Direção Nacional da FASUBRA informou que decidirá no dia 14, se vai aderir ao calendário de paralisação já apontado pelas demais categorias no dia 18, unificando a agenda com as Centrais Sindicais. Para este mês, o calendário conta também com uma plenária dos servidores públicos no Fórum Social Mundial, além da definição da data do lançamento da campanha salarial 22, rumo a construção da greve unificada dos Servidores Públicos Federais
