Estudos mostram números alarmantes da política de austeridade do governo Temer

Estudos do Inesc, CESR e Oxfam Brasil demonstram o expressivo ataque do governo golpista de Michel Temer ao povo brasileiro com as medidas de austeridade. Em 2017, mais de 170 mil de pessoas, entre 19 e 25 anos, abandonaram a graduação, o que representa 47,8% de evasão frente a apenas 5% observados entre 2013 e 2016.

Os dados são alarmantes em todos os setores. São mais de 13 milhões de desempregados, equivalente a uma taxa de 12,7%, a maior já registrada desde 2012.

As medidas do governo neoliberal instigaram um aumento de 11,2% do número de pessoas em situação de extrema pobreza no país, de acordo com levantamento da LCA Consultores, levando em consideração os microdados da Pnad Contínua, divulgados pelo IBGE.

Na saúde, o ataque ao Farmácia Popular levou ao fechamento de 316 farmácias públicas. O programa, que já chegou a 80% dos municípios, conta com apenas 53 estabelecimento em funcionamento.

O índice da mortalidade infantil em crianças de um mês a quatro anos de idade cresceu 11%. Foram 12,7 mortes por mil nascidos vivos, só no ano de 2016. Os cortes no orçamento do Programa de Aquisição de Alimentos chegaram a 69%, representando uma redução de 75% no número de beneficiários.

Por outro lado, enquanto a população brasileira é prejudicada pelo projeto neoliberal, os ricos seguem beneficiados pelo governo. Os dados do estudo apontam um crescimento do patrimônio de bilionários em 13%. Já os 50% mais pobre tiveram queda nos rendimentos de 0,7%. O último reajuste do salário mínimo foi feito abaixo da inflação.

Vale lembrar que o governo federal descumpriu todos os princípios em normas internacionais com a Emenda Constitucional 95 do Teto dos Gastos, aprovada em 2016, que tem duração de 20 anos. A medida é discriminatória, pois atinge os grupos mais vulneráveis da população e mais dependentes das políticas públicas. Além desses fatores, é desproporcional: limita despesas primárias e não as financeiras.