Future-se pode ser apresentado ao Congresso Nacional em outubro, segundo Ministério da Educação

De acordo com Arnaldo Barbosa, secretário de Educação Superior da pasta da Educação, o governo deseja apresentar o texto que definirá o projeto Future-se ao Congresso Nacional no início de outubro. Está sob debate se será apresentado como um projeto de lei ou como Medida Provisória (MP).

Se optado por ser apresentado como uma MP, o projeto passa a valer a partir da publicação no Diário Oficial da União, logo após aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei. Ao decidirem por um projeto de lei, de antemão necessita ser aprovado na Casa e sancionado pelo presidente para então entrar em vigor.

O programa foi apresentado em julho e tem como propostas, entre outras coisas, a criação de um fundo de investimentos, que seria utilizado para custeio das universidades federais e instituições federais. 

Outro ponto que recebe muita crítica é a inserção de Organizações Sociais. As OS instituem um conjunto de pessoas para gestão dessas instituições, atuando desde setores financeiros até o ensino. Essa proposta de novos gestores coloca em xeque a autonomia das universidades federais, uma vez que não se sabem quais os limites dados as OSs e quem as complementaria.

Ainda no primeiro ano de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, constroem cada vez mais um cenário de total descaso com os setores públicos, principalmente a educação. Até agosto, já foram contabilizados cortes e contingenciamentos na área que ultrapassam R$ 6 bilhões.

Até agosto, mais de 40 universidades federais já criticaram publicamente o Future-se e cinco já se posicionaram oficialmente contrárias à adesão ao projeto.