Governo Bolsonaro estuda reajuste de 5% para servidores em 2020, mas defasagem salarial é de quase 50%

De olho nas eleições presidenciais de 2022, o presidente Jair Bolsonaro tem apresentado indícios de um possível reajuste salarial  dos servidores para o ano que vem. Com salários congelados desde 2017 e com 90% dos trabalhadores com perdas de quase 50%, a proposta do governo seria de apenas 5% de reajuste.

De acordo com nota do Fonasefe, o cálculo considera a defasagem salarial de julho de 2010 a dezembro de 2021, a partir do IPCA, para categorias que tiveram reajuste de 5% entre 2013 e 2015 e que firmaram acordos de reposição em duas parcelas (5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017).

Um alerta feito pelo Diap mostra que o percentual planejado pelo governo de 5% representa, na verdade, perda salarial. Desde a Reforma da Previdência, com a mudança de aumento da alíquota previdenciária para os servidores, foi oficializado reajuste de 5,45% nos valores das alíquotas de contribuição dos servidores públicos da União, incluindo ativos, aposentados e pensionistas. Esse reajuste é maior que a proposta do governo Bolsonaro.

Ainda sobre essa discussão, o Fonasefe voltou a protocolar reivindicações do conjunto dos federais no Ministério da Economia, nesta segunda-feira (28/06). Confira a pauta enviada ao Ministério clicando aqui.