Governo Bolsonaro não aceita condições da cláusula da vacina da Pfizer e fica no impasse em meio a um risco de terceira onda da Covid-19

A Pfizer não aceita as exigências feitas pelo governo Bolsonaro para poder vender a vacina ao Brasil. A farmacêutica afirmou, nesta segunda-feira (22/02), a alguns senadores que a situação com o Ministério da Saúde está em um impasse em torno das cláusulas dos contratos para a comercialização do imunizante.

De acordo com a Pfizer, o governo não quer se responsabilizar por eventuais demandas judiciais decorrentes de efeitos adversos da vacina, desde que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tenha concedido o registro ou autorizado o uso emergencial e temporário.

As cláusulas, que seguem um padrão internacional, pedem também que qualquer litígio com o governo brasileiro seja resolvido em uma Câmara Arbitral de Nova York. Além do governo renunciar à soberania de seus ativos no exterior como garantia de pagamento, bem como constituir um fundo garantidor com valores depositados em uma conta no exterior.

Enquanto isso, milhares de brasileiros aguardam pela tão esperada dose da vacina, em meio à transmissão comunitária em diversos estados por meio das variantes da Covid-19.