Greve da Educação: Ato plural na Reitoria da UFBA marca primeiro dia

Uma manhã marcada pela pluralidade e unidade entre os setores que compõem a comunidade UFBA. Assim foi o ato que deu o pontapé inicial à Greve Nacional de Educação de 48 horas, nesta quarta-feira (02/10), no Salão Nobre da Reitoria, que ficou completamente lotado. 

A greve em defesa da educação pública, pela recomposição do orçamento das IFES e contra o “Future-se” continua nesta quinta-feira (03/10). Às 9h, tem mobilização no Campo Grande.

O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, chamou atenção para a necessidade de ampliar a mobilização em defesa da educação, das universidades federais e do serviço público, já que os ataques têm avançado. Ele também falou sobre o clima de intolerância e preconceito hoje no Brasil. “As elites não suportam negros, o povo, a periferia no mesmo ambiente e o governo que foi eleito tem este mesmo pensamento perverso que está levando hoje a universidade à crise. Diante das dificuldades orçamentárias, muitos pais e mães de família, no caso dos terceirizados, terão de ser demitidos”. 

A Coordenadora da ASSUFBA e da FASUBRA, Lucimara da Cruz, afirmou que o povo brasileiro enfrenta um momento extremamente grave. Além das universidades, o governo ataca também o Estado brasileiro. “Hoje, estamos mais uma vez reunidos e reunidas fazendo o nosso rito de luta. Nós conseguimos algo muito grande, que é a competência das três categorias que formam a comunidade universitária: os professores, os estudantes e os técnicos”.

Lucimara ainda relembrou que os técnicos estão na luta em defesa da educação há muito tempo. São diversas mobilizações, paralisações e greves não só pelos direitos da categoria, mas pela preservação da universidade pública, gratuita, democrática e de qualidade. 

O ato na Reitoria da UFBA contou com a participação, além da ASSUFBA, de diversas entidades como a  Apub, APLB, ADUNEB, DCE/UFBA, UNE, Sindilimp, Sindvigilantes, e UBES, além de parlamentares baianos e professores da educação básica municipal.