Greve dos servidores das Universidades Federais da Bahia contra a PEC 241 começa forte

A mobilização dos técnico-administrativos da UFBA começou cedo nesta segunda-feira (24/10). Desde 6h, a coordenação da Assufba e os servidores, marcando presença, fecharam o portão principal de Ondina. A atividade, pacífica e ordeira, deu início à greve da categoria contra as medidas neoliberais do governo, em especial a PEC 241, que impõe teto aos gastos públicos por 20 anos. Um absurdo.

Os coordenadores do Sindicato e a categoria entregaram panfletos para quem passava pelo local, a fim de esclarecer todos os prejuízos impostos pelo governo Temer, que já anunciou cortes nos orçamentos das Universidades e uma série de retrocessos, que prejudicarão os trabalhadores.

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O coordenador geral da Assufba, Renato Jorge, afirma que o ato foi construído nacionalmente pela FASUBRA e que diversas instituições já aderiram ao movimento, a exemplo da UFRB, UFOB e Unilab. Lembra ainda do perigo representado pelas medidas de Temer. “Os ataques são diretos e muito sérios contra os trabalhadores e a população em geral. A PEC 241 vai congelar investimentos, concursos públicos e salários, promovendo um verdadeiro desmonte nos serviços públicos federal, dos estados e municípios”.

Renato Jorge falou ainda sobre a importância do diálogo com a população. Afinal, a PEC não prejudica só o servidor público, mas todo o conjunto da sociedade. O coordenador geral do Sindicato avisa que esta será uma greve de ocupação. Esta semana, diversas ações estão marcadas na UFBA, UFRB, Unilab, UFOB e UFSB.

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Nesta terça-feira (25/10), acontece assembleia geral, na Faculdade de Economia, às 9h. Nesta quarta-feira (26/10), ocorrem assembleias, no COM-Hupes e na Maternidade Climério de Oliveira, às 9h. Na mesma data, tem mesa redonda sobre saúde do trabalhador, na FACOM, em Ondina, a partir das 8h30. No dia seguinte, quinta-feira (27/10), é a vez do debate sobre conjuntura nacional e a PEC 241, às 9h, no Hotel Sheraton da Bahia, Campo Grande.

O coordenador da Assufba e integrante da FASUBRA, Paulo Vaz, explica que o MEC (Ministério da Ocupação) foi informado sobre a greve, que conta com a adesão de cerca de 25 universidades. “Não podemos assistir o serviço público ser combalido. Nós estamos fazendo um movimento sério e responsável contra as medidas do governo, que prejudicam a saúde, educação, seguridade e programas sociais”.

Para o servidor da UFBA, José de Deus, presente no ato, o objetivo do presidente ilegítimo Michel Temer é fazer com que a base da pirâmide social não tenha acesso à saúde e à educação. Por isso, é necessário ampliar a mobilização para defender a Universidade e o país contra os ataques.