Greve Nacional da Educação, nesta quarta-feira. Servidores das universidades federais da Bahia vão parar

Técnico-administrativos em Educação, docentes e estudantes de todo o país vão parar nesta quarta-feira (15/05), quando acontece a Greve Geral da Educação. A paralisação é uma reação aos ataques violentos do governo Bolsonaro ao setor, além de denúncia contra a reforma da Previdência. Os servidores da UFBA, UFRB, UFOB, UFSB e UNILAB aprovaram, em assembleias, adesão à mobilização.

Em Salvador, os técnicos da UFBA participam de ato, às 9h, no Campo Grande. A atividade acontece em conjunto com outras entidades que representam trabalhadores e estudantes do segmento. 

Desde o dia 30 de abril, as universidade federais têm sofrido ataques. O bloqueio na Universidade Federal da Bahia, determinado pelo governo federal, através do MEC (Ministério da Educação), ultrapassou os 30% iniciais, chegando a quase 40%. O governo ainda estendeu o bloqueio para todas universidades federais do país e para os IF’s (Institutos Federais).

As primeiras universidades atingidas foram a UFBA, UnB e UFF. Na Universidade Federal da Bahia, o corte inicial de R$ 37 milhões subiu, entre os dias 2 e 3 de maio para quase R$ 56 milhões. O bloqueio gerou comoção de diversos setores da sociedade. Na segunda-feira (06/05), em Salvador, estudantes, técnicos e professores, contabilizando cerca de 2.000 pessoas, estiveram em uma grande caminhada pela educação pública no país.

O governo, alegando contingenciamento, também bloqueou bolsas do Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para estudantes de mestrado e doutorado. O ataque à educação pública e à pesquisa é claro. O governo ainda fez chantagem. O ministro da Educação declarou que caso a reforma da Previdência seja aprovada, haverá mais dinheiro disponível e o bloqueio poderá ser retirado.