Mais de 50% dos infectados pela Covid-19 sofrem com sintomas e sequelas. Não há políticas públicas e atendimento especializado

Ser considerado curado da Covid-19 está muito além de apenas testar negativo para o vírus após a sua infecção. O painel do Coronavírus, feito pelo Ministério da Saúde, mostra que mais de 33 milhões de pessoas são consideradas recuperadas desde o início da pandemia. No entanto, o dado ignora pessoas que vivem com as sequelas da doença (leves e severas), mesmo após anos de infecção. A falta de números sobre estes casos revela mais uma decadência em relação às políticas públicas direcionadas ao atendimento e suporte da população que sofre com os sintomas.

De acordo com as pesquisas realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mais de 50% dos infectados desenvolvem sequelas a longo prazo.  O resultado, com base cientítica,  mostra que, mesmo depois de várias semanas do desaparecimento do quadro agudo da Covid-19, algumas pessoas sofrem com a persistência de alguns sintomas ou com o surgimento de sintomas novos, que é chamanda de Covid Longa.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, são 23 sintomas que podem ser considerados da Covid Longa, entre eles estão: cansaço extremo, tosse persistente, dificuldade para respirar, perda de paladar e olfato, embolia pulmonar, modificações cerebrais, perda de memória, défict de atenção, mudançaça de humor, entre outros.

A população necessita de atendimento especializado e acessível, assim como feito para a Covid-19. O sistema de saúde precisa de suporte das políticas públicas para poder realizar os serviços.