Ministério da Educação bloqueia R$ 40 milhões de mais três universidades baianas

Mais três instituições federais de ensino superior na Bahia são atingidas pelos ataques do governo Bolsonaro. O MEC (Ministério da Educação) bloqueou aproximadamente R$ 40 milhões do orçamento da UFRB, UFOB e UFSB.

Na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia), o contingenciamento foi de 38% ou cerca de R$ 12 milhões. Já na UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia), o corte chegou a 33,2%, o equivalente a R$ 11,8 milhões e na UFRB  (Universidade Federal do Recôncavo), a redução foi de 32% ou R$ 16,3 milhões. 

Segundo o reitor da UFRB, “os bloqueios inviabilizam o funcionamento de vários serviços da universidade, além de impactar diretamente no pagamento das contas de água, luz, telefone, limpeza e vigilância, por exemplo”.

Na UFOB, o contingenciamento atingiu recursos orçamentários para custeio e investimento. As ações mais afetadas foram a capacitação de servidores; fomento às atividades de graduação, pós-graduação, ensino, pesquisa e extensão; e recursos de investimento utilizados para aquisição de livros, equipamentos e realização de obras.

Através de nota, a UFOB informou que o bloqueio vai inviabilizar o funcionamento da universidade a partir da metade do segundo semestre deste ano. “Os recursos contingenciados são utilizados para pagamento de água, luz, contratos de empresas terceirizadas, responsáveis por limpeza, vigilância, manutenção, dentre outras despesas de serviços essenciais ao funcionamento do dia a dia da Instituição”.

Na UFSB, também foram cortados recursos de custeio e capital, utilizados para pagamentos de despesas básicas como água, energia elétrica, bolsas de iniciação científica e extensão, contratos de pessoal terceirizado, limpeza, vigilância, motoristas,  aquisição de equipamentos para equipar salas de aula e laboratórios. “São despesas sem as quais a universidade terá muita dificuldade em manter suas atividades”, informou a universidade.

A instituição informou que, por ter apenas cinco anos de funcionamento, faz com que haja necessidade de um aporte grande de investimentos em infraestrutura. No momento, há três obras em andamento nos três campi (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas).

“Em razão do corte, há o risco concreto de sermos obrigados a paralisar essas obras, o que implica em enorme prejuízo pois, ao interromper os contratos, além dos atrasos no planejamento institucional, a universidade será obrigada a arcar com pesadas multas para as empresas contratadas, além da deterioração das obras quando de sua futura retomada”, complementou.

Com informações do Correio