Novembro Negro: ASSUFBA reivindica políticas afirmativas e de permanência nas universidades

O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro. Nesta data importante, em lembrança à resistência histórica do povo negro, a ASSUFBA Sindicato, enquanto entidade de trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação lembra que segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), somente 12,8% dos negros (pretos e pardos), entre 18 e 24 anos, estudam em instituições de ensino superior brasileiras.

Na totalidade da população brasileira, são apenas 34% de negros nas universidades, fato que reflete o processo histórico de uma sociedade forjada em um sistema escravocrata. Há ainda o reflexo da discriminação e segregação dos negros e negras após a abolição da escravatura e que se perpetua até hoje.

As universidades ficaram mais diversas após a implementação do sistema de cotas raciais, por meio de legislação vigente, mas os números do IBGE demonstram que o processo de segregação e discriminação ainda é imenso.

Visto a conjuntura da população negra brasileira e os processos históricos vivenciados, é essencial investir em políticas de permanência para o jovem negro na universidade, pois os obstáculos deste cidadão para conquista da graduação costumam ser maiores.

Em grande número, as famílias não têm como financiar questões mínimas como transporte, alimentação e moradia. Além do aporte financeiro, jovens negros sofrem os mais diversos tipos de assédio.  

Diante do panorama, o Sindicato segue na luta e reivindica ações afirmativas mais efetivas, com maior reforço e proteção, sobretudo, nos tempos de uma conjuntura política sombria, em que o racismo tem encontrado ainda mais espaço, apesar da inconstitucionalidade da prática.

No Novembro Negro, a ASSUFBA reforça a luta por mais políticas afirmativas e de permanência para a juventude negra nas universidades!