O desafio de combater a pandemia sem água potável

Com Bolsonaro no poder, o Brasil não fracassa somente no combate à Covid-19 e amarga aumentos nos preços dos alimentos, gasolina e energia. O país sofre também com a falta de água limpa. Sem acesso a um dos aliados contra o coronavírus, o enfrentamento à pandemia se torna mais difícil.

A higienização, como lavar as mãos, é uma das principais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação do novo coronavírus. Porém, cerca de 10,5 milhões dos brasileiros (14,5%) não contam com rede de distribuição de água tratada, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2019.

E essa é apenas uma pequena parte do problema, pois cerca de 1 bilhão de pessoas contam apenas com acesso parcial ou enfrentam cortes regulares, fazendo com que a lavagem frequente das mãos seja difícil ou impossível. Mais uma vez a desigualdade escancarada na pandemia, o que contraria a Organização das Nações Unidas (ONU), que determinou o acesso à água limpa e ao saneamento básico como um direito humano essencial.

O governo Bolsonaro precisa investir em soluções para que o saneamento básico chegue para todos, como aumentar o investimento em ecossistemas naturais; além de construir lavatórios em diversas comunidades.

O futuro sobre o abastecimento de água limpa para os brasileiros preocupa. Por conta das mudanças climáticas devem ocorrer eventos extremos, a exemplo de secas e incêndios. Bolsonaro precisa agir. Urgentemente.