OIT afirma que modelo de capitalização contribui para desigualdades de renda e gênero

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) declarou que o modelo de capitalização da Previdência, adotado em países como o Chile, contribuiu para as desigualdades de renda e gênero.

O modelo de capitalização, previsto na reforma da Previdência de Jair Bolsonaro, é aquele em que cada cidadão abre uma conta individual e faz uma espécie de poupança para depositar um valor do salário. Desta forma, o cidadão arca sozinho com a aposentadoria dependendo das correções dos bancos.

Estudo da OIT apontou que em 18 dos 30 países que adotaram o modelo de capitalização entre 1981 e 2014, privatizando os sistemas de Previdência Social, os projetos precisaram ser revistos parcial ou totalmente.

A pesquisa traz dados de 14 países latinos, indicando a realidade de economias similares à brasileira, mas também aborda países europeus e africanos. Dentro dos 30 países analisados pela OIT estão: América Latina – Chile (primeiro a privatizar, em 1981), Peru (1993), Argentina e Colômbia (1994), Uruguai (1996), Estado Plurinacional da Bolívia, México e República Bolivariana da Venezuela (1997), El Salvador (1998), Nicarágua (2000), Costa Rica e Equador (2001), República Dominicana (2003) e Panamá (2008);

Segundo o estudo, 14 são do leste europeu e da antiga União Soviética – Hungria e Cazaquistão (1998), Croácia e Polônia (1999), Letônia (2001), Bulgária, Estônia e Federação Russa (2002), Lituânia e Romênia (2004), Eslováquia (2005), Macedónia (2006), República Checa (2013) e Armênia (2014). Outros dois são da África – Nigéria (2004) e Gana (2010).