Orçamento aprovado prevê R$ 1,7 bilhão para reajuste de servidores

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o Orçamento de 2022 e manteve a previsão do reajuste de R$ 1,7 bilhão aos servidores públicos federais. A lei com a estimativa de receitas e despesas da União foi sancionada na última sexta-feira (21/01) e o texto foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) desta segunda-feira (24/01).

É importante ressaltar que a sanção prevendo o reajuste apenas garante a reserva dos valores. Para que efetivamente os servidores federais tenham aumento, é necessário que o governo crie um projeto específico. De qualquer modo, o valor é insuficiente para dar aumento para todos os servidores.

Bolsonaro havia anunciado, em dezembro passado, a disposição em discutir a reestruturação de carreiras da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Depen (Departamento Penitenciário Nacional). Entre as alterações, o reajuste salarial para as categorias, que compõem a sua base eleitoral.

À época, a notícia causou indignação entre outras categorias, que iniciaram uma mobilização em busca de reajuste salarial, o que não acontece há cinco anos. No dia 18 de janeiro, os servidores realizaram atos em frente às sedes do Banco Central e do Ministério da Economia para cobrar o aumento.

Vetos
A Lei do Orçamento para 2022 tem previsão de R$ 4,7 trilhões em receitas da União, mas Bolsonaro vetou R$ 3,184 bilhões em gastos. A educação, que já sofre com baixo investimento, foi a segunda pasta que mais perdeu recursos. O MEC teve orçamento sancionado de R$ 137,9 bilhões, com vetos totais de R$ 739 milhões para 2022.

Os vetos de Bolsonaro também atingiram em cheio os hospitais universitários, que tivera corte de R$ 100 milhões em plena pandemia. Em contrapartida, manteve R$ 4,96 bilhões para o fundo eleitoral e blindou R$ 16,48 bilhões em verbas do orçamento secreto. Inversão de prioridades.