Os impactos da reforma da Previdência em debate na ASSUFBA. Auditório da entidade lotou

Com o auditório completamente lotado, a ASSUFBA promoveu o debate Os impactos da reforma da Previdência no serviço público e na educação. A atividade, parte da programação do Fórum Social Mundial, aconteceu na tarde desta quarta-feira (14/03), e contou com a presença da categoria, de diversas entidades e delegações. O Sindicato transmitiu o evento ao vivo através do Facebook para que os servidores das UFRB, UFOB, UNILAB e UFSB pudessem acompanhar também.

O Coordenador Geral da ASSUFBA, Renato Jorge, iniciou o debate informando que a Reforma da Previdência está na ordem do dia. “É preciso aprofundar a discussão de um tema tão importante. O governo Temer se esforçou muito para jogar a opinião da população contra o servidor público e nós tivemos de desconstruir esse falso discurso. A nossa ideia é continuar na trincheira de luta”.

Renato Jorge lembrou que, embora a mobilização dos trabalhadores tenha barrado a votação da proposta no Congresso Nacional, “nós não podemos esquecer de que não vencemos totalmente a batalha”.

O presidente da CTB Bahia, Pascoal Carneiro, parabenizou a ASSUFBA pela iniciativa e corroborou com a opinião de que a reforma não saiu totalmente de pauta. O risco ainda existe. O líder da Central lembrou que o governo gastou o dinheiro da população com propaganda na TV para tentar convencer a sociedade que a medida irá combater privilégios. “Temer quer fazer a reforma para acabar com as aposentadorias”.

Pascoal ressaltou que, no caso dos servidores públicos, uma espécie de reforma já foi feita, quando os funcionários perderam o direito de se aposentar com salário integral.

A deputada federal e servidora licenciada da UFBA, Alice Portugal, fez um histórico sobre a Previdência Social e apontou os reflexos da proposta para o funcionalismo público. A parlamentar rebateu o argumento do governo Temer de que a reforma quer combater privilégios. “Os servidores padecem da invisibilidade. Muitas vezes, o nosso trabalho é pouco visto e até depreciado de uma maneira absurda e assediadora. A ampla maioria dos servidores públicos é vítima pela defenestração dos seus direitos”.

O diretor de Assuntos Legislativos da CSPB, João Paulo Ribeiro, apontou que o movimento sindical tem o desafio de construir a unidade para barrar ainda mais retrocessos. “Há a necessidade de dialogar com todos”.

O Coordenador Geral da APLB Sindicato, Rui Oliveira, reforçou que “conseguimos, por enquanto, barrar a votação da reforma da Previdência. As centrais sindicais construíram a maior greve geral do país, o que impossibilitou que a medida tivesse andamento. É uma proposta que atinge em cheio o conjunto dos trabalhadores”.

Para o Coordenador de Administração da Fasubra, Rolando Malvasio, “a Previdência é o seguro do trabalhador. Nós pagamos para ter assegurada a nossa velhice. Entre 2000 e 2015, a Previdência teve superávit de R$ 821,739 bilhões. Cadê o déficit? O que existe é uma vontade louca de meter a mão nesse dinheiro”.

A Coordenadora de Políticas Sociais e Anti-racistas da ASSUFBA, Lucimara da Cruz, conclamou a categoria à luta e afirmou que o Fórum Social Mundial é uma excelente oportunidade de dialogar com trabalhadores do mundo inteiro.