Para Adilson Araújo, mobilização revelou uma juventude comprometida com o Brasil

“É preciso coragem para ganhar as ruas. E a coragem é a marca da juventude”, disse o presidente da CTB, Adilson Araújo, em discurso na marcha organizada pelos jovens a favor da democracia. O Ato, promovido pela União Brasileira dos Estudantes (UBES) e organizações que integram a Frente Brasil Popular, reuniu cerca de 10 mil pessoas do movimento estudantil na sexta-feira (13), em Brasília, numa caminhada do Parque da Cidade ao Congresso Nacional. A manifestação mostrou que o Brasil possui uma quantidade expressiva de jovens politizados que hoje lideram e integram os principais movimentos sociais do País. Numa demonstração de equilíbrio, discernimento e independência, os estudantes marcharam pelo “Fora Cunha”, contra a tentativa de golpe institucional, mas disseram não ao ajuste fiscal e pediram mais investimentos em Educação.

“Marchamos pela construção do Brasil que a gente acredita. Defendemos a democracia, porque essas ameaças golpistas podem atrapalhar muito o futuro do nosso País”, declarou a presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Tamara Naiz.

A pauta do movimento jovem é uma das bandeiras de luta da CTB. A entidade reconhece o papel fundamental que a classe desempenha, com a sua força e capacidade de mobilização, na briga pela reforma do sistema político-econômico, por desenvolvimento, valorização do trabalho e igualdade de direitos.

Durante o ato em Brasília, o dirigente da central parabenizou a “vibrante energia da juventude brasileira”, e afirmou que a mobilização revelou o comprometimento dos jovens com os interesses da nação. “Após o período sombrio da ditadura o Brasil finalmente conquistou a democracia. Por isso, o que une os movimentos sociais presentes aqui é a luta em defesa da soberania popular, dos direitos sociais e trabalhistas, de recursos para a Educação, da Petrobras, do pré-sal e pelas reformas estruturantes que precisamos”.

Adilson destacou a necessidade de impedir o avanço da agenda conservadora liderada por Cunha a favor do golpe, da redução da maioridade penal, terceirização e outros retrocessos. Em relação à política de ajuste fiscal promovida pelo governo, alertou – “Não podemos permitir que a lógica capitalista dominante leve o Brasil à instabilidade, à recessão”. O sindicalista encerrou dizendo que “unida, a juventude é forte e o poder transformador está em suas mãos”.

Fonte:Portal CTB