Para servidores da UFBA, greve deve acontecer quando houver maior mobilização

Os Técnico-Administrativos em Educação da UFBA aprovaram, por unanimidade, em assembleia realizada nesta quarta-feira (11/10), na Escola Politécnica, a elaboração de uma nota a ser enviada para a FASUBRA informando que a categoria entende que é preciso ampliar a mobilização antes de aprovar o indicativo de greve, previsto para o dia 23 de outubro.

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É preciso fazer a construção unificada da comunidade universitária na resistência e luta, além de aprofundar o diálogo com todo o funcionalismo público e movimentos sociais organizados para barrar os ataques que visam o desmonte do serviço público.

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Presente na assembleia, a servidora licenciada da UFBA e deputada federal, Alice Portugal chamou atenção da categoria para a gravidade da situação. “Não podemos ficar parados. Essa é a hora de agir com consciência política e participar coletivamente para mudar essa triste realidade”.

A parlamentar destacou ainda o momento político em que vive o país. “Há uma desarmonia entre os poderes e a desconstrução da democracia. O país passa por um período com alto nível de desemprego, desnacionalizações entreguistas e reformas que aprofundam as desesperanças”.

A Coordenadora Geral da ASSUFBA, Simone Coité, falou sobre a situação da UFOB, presente em cinco municípios da Bahia e que está ameaçada pelo governo de deixar de funcionar. Três campi podem ser fechados. Uma tristeza. “Temos lutado para que o sonho da população não morra. Temer que acabar com as oportunidades do povo mais pobre. Precisamos, mais do que nunca, acreditar no projeto da universidade com inclusão para todos”.

Situação semelhante vive a UNILAB, que tem três anos de funcionamento em São Francisco do Conde. A coordenadora da ASSUFBA, Adelmária Ione dos Santos, disse que é dever de cada servidor alertar o colega e levá-lo nos espaços de debate e decisão. A luta é de todos. “O nosso papel deve ser multiplicador”.

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O governo tem fechado as portas para o serviço público, inclusive, para negociar. “A FASUBRA não consegue nem sequer que os ofícios sejam entregues no setor de protocolo do MEC”, alerta o Coordenador de Assuntos Jurídicos do Sindicato e Coordenador de Administração e Finanças da Federação, Paulo Vaz.

Paulo falou ainda sobre os riscos que assombram o funcionalismo público em geral. Além dos cortes orçamentários e de todas as propostas que prejudicam os servidores, o governo Temer planeja de forma ardilosa enviar uma Medida Provisória que ataca o PCCTAE e o conjunto das carreiras do serviço público. Os Sindicatos estão em alerta máximo.

Prestação de Contas
Durante a assembleia, a categoria aprovou, sem nenhum voto contrário, a Prestação de Contas da ASSUFBA do primeiro semestre de 2017. O Coordenador Geral, Renato Jorge, solicitou que Antonio Bomfim Moreira, Coordenador de Comunicação, lesse o parecer do Conselho Fiscal, que opinava pela aprovação das mesmas. Na sequência, Renato detalhou que os custos do Sindicato aumentaram em função de fatores, como a conjuntura, a ampliação da base sindical da ASSUFBA, que engloba cinco universidade e diversos campi em municípios baianos, com ação sindical em dezenas de cidades, inclusive Caravanas à Brasília para defender os interesses da categoria, compra e reforma da nova sede, na Federação, informatização e estruturação do Setor Jurídico, Curso Preparatório para o Concurso da UFBA que beneficiou mais de 600 dependentes dos servidores por eles indicados, pagamento em dia dos fornecedores e prestadores de serviços, além dos encargos sociais com a Promédica.

Plenária da FASUBRA
Os presentes também aprovaram a escolha de delegados para a Plenária da FASUBRA, que acontece nos dias 21 e 22 de outubro, no Rio de Janeiro. Mais uma vez, o Sindicato marcará presença neste importante fórum de organização dos Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Públicas do Brasil.

Fotos: Américo Barros / Focos Filmes