Política de Saúde da população negra é implementada em apenas 57 municípios

Pesquisadores da SES-SP e da Universidade de São Paulo (USP), em levantamento, constataram que apenas 278 dos 5.570  municípios do país implementaram a PNSIPN ( Política Nacional de Saúde Integral da População Negra).

A PNSIPN, criada no governo Lula, foi uma importante política pública pois implementou dentro do SUS (Sistema Único de Saúde) estratégias para a promoção da saúde de negros e negras. Mas ainda não é suficiente; possui uma baixa consolidação no país.

Em 2016, o risco de suicídio entre negros com idade de 10 a 29 anos era 43% maior que os brancos, segundo o Ministério da Saúde. Os afrodescendentes também são os mais afetados por doenças como anemia falciforme, hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo 2.

Ações de atenção e cuidado, prevenção de doenças, gestão participativa e educação constantes de trabalhadores e trabalhadoras da área da saúde fazem parte das diretrizes da PNSIPN.

Alguns obstáculos que podem impedir a disseminação dessa política pública é justamente o desconhecimento e a falta de recursos públicos para a  implementação, além de agravantes como o próprio racismo nas instituições.