População mais pobre tem maiores despesas com alimentação

Estudo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra uma crescente desigualdade no Brasil. As camadas mais pobres do Brasil. Para se alimentar, por exemplo, os brasileiros que compõem a camada de renda mais pobre comprometem, proporcionalmente, três vezes mais do total do orçamento mensal do que a população mais rica, formada por famílias de renda superior a R$ 23,8 mil.

A POF  (Pesquisa de Orçamentos Familiares) constatou que para as famílias que ganham até dois salários mínimos, R$ 1,996, a alimentação representa 22% do total das despesas do mês, já para as famílias mais ricas de renda superior a R$ 23,8 mil, a comida representa apenas 7,6% dos gastos em cima desse valor.

No Brasil, em dados concretos, 21,8 milhões de famílias têm rendimento entre R$ 2.862 e R$ 5.724, outras 9,6 milhões de famílias com rendimento entre R$ 5.724 e R$ 9.540. Mais 4,4 milhões de famílias possuem rendimento entre R$ 9.540 e R$ 14 mil; 2,7 milhões de famílias têm rendimento de R$ 14 mil até R$ 23 mil; e apenas 1,8 milhão de famílias têm um rendimento superior a R$ 23 mil.

Isso significa que cerca de 20% de toda a renda recebida mensalmente no país fica com 2,7% das famílias, cuja renda supera os 25 salários mínimos. Já na camada mais pobre da população contando com aposentadorias e políticas públicas, como o Bolsa Família, representam 25% da renda.