Recém-formados no ensino superior enfrentam maiores dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, aponta pesquisa

De acordo com pesquisa do Dieese, o número de desocupação brasileira, que atinge grande parte da população, aumentou de 6,9% para 12%, no período entre 2014 e 2018. Entre os recém-formados no ensino superior, esse número cresceu, no mesmo período, de 3,7% para 6,1%.

Entre aqueles que trabalham em postos que exigem a formação superior, apenas 35% dos jovens, entre 25 e 29 anos, estão ocupando as vagas. Se levada em consideração a classe social de cada um dos jovens o número é ainda maior. Daqueles que recebem até um salário mínimo por pessoa, 45% estão fora de suas áreas de formação.

Em 2014, 51% dos jovens recém-formados estavam ocupando postos que demandavam o ensino superior. Contudo, em 2018, o percentual obteve redução e registrou 35%, aponta o Dieese. Entre os mais velhos, com 30 a 44 anos, ainda segundo a pesquisa, o número de ocupantes na mesma categoria sofreu queda drástica de 51%, em 2014, para apenas 18%, em 2018.

As dificuldades de acesso ao mercado de trabalho aumentaram desde a crise econômica e como o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda não apresentou nenhum projeto que beneficie e aumente a oportunidade para os desempregados, a tendência é aumentar.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de agosto deste ano, a taxa de desemprego no país atinge 12,6 milhões de brasileiros.