Reitor da UFRB representa Andifes em Encontro para discutir integração educacional entre América Latina e Caribe

encontro-nicaragua1-1O Encontro para discutir novas estratégias de integração educacional entre América Latina e Caribe foi realizado em Manágua, capital da Nicarágua, nos dias 12 e 13 de abril. Ao todo, 27 reitores, entre eles o Reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Paulo Gabriel Nacif, representaram 20 países para discutir temas relacionados ao ensino superior na região.

A reunião teve como um dos focos a criação do Espaço de Conhecimento Latinoamericano e Caribenho de Educação Superior (ENLACES), estabelecido durante a Conferência Regional de Educação Superior para América Latina e Caribe (CRES), de junho de 2008. “Essa encontro deliberou pela busca desse espaço de integração de ensino superior entre estes países por meio de mobilidade estudantil, de professores, além de reconhecimento mútuo de créditos e reconhecimento de carreiras”, destaca o Reitor Paulo Gabriel Nacif, representante também da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

O sistema educacional superior diferenciado, as tradições diversas, e a grande quantidade de países envolvidos são os desafios a serem enfrentados, segundo o Reitor. No entanto, ele aponta os diversos benefícios na criação deste espaço, entre eles: o reconhecimento mútuo de estudos, de diplomas e títulos, com base na garantia da qualidade, a aprendizagem de línguas, e o ensino multidisciplinar.  “A ideia é criar um consenso para que haja uma mobilidade entre esses países de forma mais fácil”, afirma Nacif.

A Associação das Universidades da América Latina e Caribe (LAC UA) seria a responsável por este espaço. Ela irá trabalhar em harmonia com os governos nacionais e organizações regionais que reúnem estudantes, professores e corpo administrativo de universidades. Será formada, inicialmente, por México, Honduras, Jamaica, Guatemala, Salvador, Costa Rica, Panamá, Nicarágua, Belize, República Dominicana, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Venezuela, Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.

“Trabalhar na construção deste espaço significa pensar a América Latina e Caribe, aproveitando as potencialidades dos seus países, seus conhecimentos e saberes que devem ser valorizados e trocados”, relata o Superintendente de Assuntos Internacionais da UFRB, Gabriele Grossi. Também presente no encontro, Grossi ainda fala sobre a necessidade de criação de redes de confiança recíprocas, nas quais agências reguladoras seriam as responsáveis por assegurar a qualidade do curso ofertado por cada país. “É comum um engenheiro ter determinadas competências em um país e em outro não, por isso, este é um trabalho muito refinado de análise dos sistemas universitários”, diz.

Para o Reitor Paulo Gabriel, o encontro aponta para uma integração fundamental: unir a juventude universitária e enxergar outros países como lugares onde se pode trabalhar e estudar. “Isso diminui o estranhamento e nos tornamos uma região. E só poderemos falar em região da América Latina e Caribe quando tivermos integração”, pontua Nacif.

Fonte: Ascom UFRB