Representantes de professores, estudantes e técnicos das universidades federais vão a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados expor sobre o descaso e intervenção do governo nas universidades

No ano passado, 25 reitores foram indicados pelo presidente Jair Bolsonaro sem levar em conta os mais votados. O desrespeito à autonomia universitária foi exposto pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), durante uma audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (05/04).

Os representantes de professores, estudantes e técnicos das universidades federais reclamaram do corte orçamentário na Educação para 2021, sobre a perseguição política por parte do governo por meio de processos administrativos e até criminais; além da nomeação de reitores não escolhidos pela comunidade. 

O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Wagner de Souza, justificou a queixa sobre o corte orçamentário dizendo que a redução dos 18% previstos para este ano não devem se realizar. Segundo ele, os recursos serão complementados ao longo do ano. 

Sobre a escolha dos reitores, Wagner disse que a lei atual permite que o presidente indique outros nomes. “O meu papel é defender o ensino superior, é defender as universidades federais, é defender a autonomia da universidade. Agora, eu sigo o que está na legislação”, disse.