Resistência barra votação da Reforma Administrativa na Câmara

A Reforma Administrativa, que o governo defende erroneamente como um projeto de “modernização do Estado, ainda não foi votada na Câmara Federal, graças à mobilização das centrais e entidades sindicais e os partidos de oposição. O Executivo tem tido dificuldade de defender a PEC 32. 

A PEC 32, que não ataca privilégios, é ideológica e visa destruir avanços da Constituição. Levou um ano para passar em comissão especial e, desde setembro de 2020, chegou ao Congresso Nacional. O presidente da Câmara,  Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, ainda não incluiu a matéria na pauta do plenário. Isso porque ainda não garantiu os 308 votos necessários para aprovação em dois turnos. 

Vale lembrar que, por 28 votos a 18, depois de um ano da PEC 32 desembarcar na Câmara, o parecer do relator, Arthur Maia (DEM-BA) foi aprovado na comissão especial

A reforma, na verdade, é fiscal, pois pretende repassar as funções públicas para privada, fragilizar o concurso público e ampliar as possibilidades de terceirização, também o apadrinhamento político. Por isso, tem como objetivo reverter as conquistas do Estado de bem-estar social da Constituição de 1988, e para isso, a PEC 32 não pode passar, e o Brasil não pode dar passos para trás na necessária profissionalização do serviço público, em relação aos países avançados.